Sindicato denuncia tentativa de intimidação de jornalista por vereador em Divinópolis

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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais vem a público denunciar mais uma tentativa de intimidação da imprensa, dessa vez pelo vereador Edson Sousa (MDB), de Divinópolis, contra a jornalista Pollyana Martins, repórter do jornal Gazeta do Oeste.

O vereador, que em dezembro do ano passado perdeu a compostura, gritou e apontou o dedo contra o nariz da repórter, durante uma entrevista coletiva, em reação a uma simples pergunta, feita com educação e em voz baixa, está agora processando a jornalista por “danos morais” e pede indenização de R$ 10 mil.

A atitude do edil divinopolitano seria ridícula se não ocorresse num cenário político nacional no qual as leis vêm sendo subvertidas e os direitos surrupiados por aqueles que têm o dever de os defender e fazer cumprir.

Trata-se de mais um caso de uma nova moda brasileira: um poderoso que tenta calar um jornalista pela via pecuniária.

Ora, se toda vez que um jornalista fizer a um entrevistado uma pergunta que não o agrada tiver de pagar uma indenização, o jornalismo deixará de existir. Jornais, revistas, televisões, rádios e internet poderão encerrar sua produção jornalística e se transformar numa imensa assessoria de imprensa oficial. E os cidadãos passarão a saber não o que interessa saber, mas só o que as autoridades querem divulgar.

Os registros do episódio que Edson Sousa usa contra a repórter estão disponíveis em texto, áudio e vídeo, e constituem um testemunho eloquente de defesa da jornalista – e de acusação ao destemperado vereador. De uma justiça imparcial, Edson Sousa certamente nada obterá, por isso fica a evidente que sua única motivação é intimidar a repórter e seus colegas.

Mas não intimidou nem intimidará, como demonstrou a pronta reação dos jornalistas divinopolitanos, que contam com o apoio incondicional do seu Sindicato.

Pelo bem da ordem democrática, da qual o vereador Edson Sousa é representante, espera-se que ele recupere a razão, recue no pedido de indenização e se retrate diante dos eleitores que representa e da jornalista, que nada mais fez e faz do que exercer sua profissão.

#LutaJornalista
#SindicalizaJornalista

Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais

[24/5/18]

6 COMMENTS

  1. O proceso não se refere ao fato ocorrido na Câmara. Mas ao abuso do direito de informar perpetrado pela “vítima’, que utilizou-se do jornal em que trabalha para tecer ofensas e abusos contra o vereador. É diferente. Vocês deviam se informar primeiro.

  2. Está nota não condiz com a verdade.
    Em Dezembro entrei em contato com o sindicato,por três vezes sobre o Desacatado e a ocorrência falsa.
    Tive o silêncio como RESPOSTA.
    Agora teremos um juiz para julgar a nossa conduta

  3. O jornalista é a voz do povo. O vereador é o fiscalizador municipal das leis e ações políticas a favor do povo. Portanto, o vereador haverá de ter bom senso e agradecer aos jornalistas uma oportunidade para voltar atrás e cumprir seu papel. É o que se espera de um representante do povo, meu caro Edson, logo o senhor que sempre gostou da mídia. Seja positivo e pare de se autoboicotar! Já o vi voltar atrás e até bajular seus desafetos da imprensa. Não precisa bajular, mas pensar antes de agir. Lembra das fardas sujas de sangue, no que deu recentemente? Assim o senhor perde a credibilidade. Estou me manifestando porque, entendo que sempre há tempo para se harmonizar. Abraço fraterno ao senhor, e meu apoio à Polliana!

  4. Apesar dos retrocessos registrados no país, sr. vereador, a censura foi extinta com o fim da ditadura. Afinal, o que o sr. quer esconder da opinião pública que o levou a tentar calar a imprensa? Estamos com a Pollyana e seu direito constitucional de perguntar e informar. Quem deve ser processado é quem recorre à intimidação e atenta contra o estado de direito.

  5. Pelo que pesquisei na cidade dizem que a jornalista fez um boletim de ocorrência falso contra o vereador. Isso não é jornalismo sério.

    • Denis, como se faz um boletim de ocorrência falso? É tão falso que foi parar no juizado especial, na vara criminal! Pesquisou errado!

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