Jornalista lança livro sobre experiência com o Mal de Alzheimer, dia 19/12, na Casa do Jornalista

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Na literatura, um inesperado jogo de palavras ou mesmo um trocadilho é capaz de amaciar até as dores e os sofrimentos mais profundos. Este é o caso do livro Meu inesquecível Antônio – minhas saudades, que a jornalista e revisora de textos da Editora UFMG Beatriz do Socorro Trindade lança na Casa do Jornalista, no dia 19/12, a partir das 20h.

Partindo de uma história real e dolorosa que soube enfrentar com força e dedicação primorosa, Beatriz descreve a trajetória do seu pai, Antônio Vicente Trindade, acometido pela doença conhecida como Mal de Alzheimer, que ele começou a desenvolver a partir dos 90 anos.

A doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas que pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas. Talvez, por isso, a doença tenha ficado erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”. A doença se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.

Meu inesquecível Antônio – minhas saudadesé uma obra mais que oportuna, uma vez que o que se publica sobre o assunto na mídia geralmente se limita à avaliação médica ou científica, fugindo à realidade que envolve familiares e a sociedade de um modo geral, diante de um paciente que apresenta os sintomas e cuja sobrevivência, dependendo dos cuidados, pode variar entre quatro e oito anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, os números da doença são alarmantes. No Brasil, a cada ano surgem cerca de 100 mil casos.

Tempo de esperança, se partirmos do princípio de que, talvez, o que mais importa na vida de cada um de nós sejam exatamente as nossas vivências e as lembranças delas, além de nossa capacidade motora, claro. Mas também pode ser um tempo de descobertas e de crescimento do amor e da nossa consciência sobre a fragilidade da vida. Esta foi a abordagem que Beatriz decidiu adotar, com o apoio da família, e que pode servir de exemplo.

“Todos estes casos foram escritos a partir do convívio diário, da busca incessante de uma vida digna para o meu pai. Confesso que não foi nada fácil. Havia momentos em que ele pedia paciência, talvez por sentir que estivesse nos dando trabalho. Nós pedíamos a Deus que nos desse força para enfrentar a batalha. E Deus nos deu muito mais que força. Nos deu coragem e reforçou o nosso amor, único sentimento capaz, àquela altura, de prolongar e manter a dignidade da vida do meu pai”, conta Beatriz.

Entre as histórias e os “causos”, ela incluiu cartas trocadas por seu pai e sua mãe. Assim, além de descrever o processo e aconselhar os que vivem o mesmo drama, ela inseriu no livro a melhor parte da vida do casal, conferindo-lhe maior leveza e um pouco de poesia.

Contato e informações: Beatriz do Socorro Trindade (31) 9-9179-4168.

[14/12/17]

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