Os Sindicatos dos Jornalistas, dos Radialistas, dos Empregados na Administração de Jornais e Revistas e dos Gráficos vão fazer novamente uma campanha salarial conjunta para enfrentar a intransigência dos patrões que insistem em oferecer um reajuste acintoso para todas as categorias, que não contempla ao menos, nem de longe, as perdas com a inflação, que chegam a quase 10%.
A data-base dos jornalistas e dos radialistas é 1º de abril. A assembleia geral dos jornalistas que definiu a pauta de reivindicações foi realizada em fevereiro e o documento entregue aos sindicatos patronais logo em seguida. No entanto, mais de dois meses depois, as negociações não evoluíram.
O sindicato das empresas de rádio e televisão negociar algumas vezes, mas não aceitaram recuperar as perdas nos salários. Depois de muita insistência dos sindicatos dos trabalhadores, propuseram reajuste de 5%, pouco mais da metade do INPC, que foi de de 9,91%. Nas demais cláusulas econômicas, chegaram a 7%.
Já o sindicato das empresas de jornais e revistas se reuniu com o Sindicato dos Jornalistas pela primeira vez somente na quarta-feira 29/6 e não apresentou nenhuma proposta. Na reunião, os representantes patronais deram como justificativa para demora a ausência de direção no sindicato, decorrente das renúncia do presidente Luiz Tito e do vice-presidente Erasmo Cabral, que deixaram seus cargos nos jornais O Tempo e Hoje em Dias. Foi eleita uma diretoria provisória, comandada por Renato Teixeira da Costa, do Estado de Minas, e Paulo André, do jornal Balcão, como presidente e vice.
Depois de tanto tempo de espera, a primeira reunião foi frustrante para os interesses dos jornalistas e dos trabalhadores em jornais e revistas. Os representantes patronais disseram que queriam apenas ouvir as “expectativas” dos trabalhadores.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Kerison Lopes, manifestou a indignação do Sindicato diante da ausência de proposta. Ele denunciou o descumprimento dos direitos trabalhistas pelas empresas na dispensa em massa feita pelo Hoje em Dia e na redução salarial imposta pelo Estado de Minas, além de inúmeras outras irregularidades, e reafirmou a necessidade de ganho real de salário.
No caso do Estado de Minas, a defasagem salarial chega a 40%, considerando a redução salarial de 30% e a inflação do período. Por isso, enfatizou Kerison, os trabalhadores não podem aceitar menos do que a reposição integral do índice inflacionário. “Eles já sofreram muito com a má gestão, as irresponsabilidades e as ilegalidades cometidas pelas empresas”, disse.
Uma nova reunião com o sindicato de jornais e revistas foi marcada para a próxima quinta-feira 7/7/16. O sindicato patronal informou que vai se reunir na segunda-feira 4/7 e formular uma proposta para ser apresentada aos jornalistas.
Os Sindicatos dos Jornalistas, dos Empregados na Administração, dos Radialistas e dos Gráficos convocam todos os trabalhadores a se mobilizarem.
Nenhum direito a menos!
Aumento de salários já!
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais
Sindicato dos Empregados na Administração de Jornais e Revistas de Minas Gerais
Sindicato dos Radialistas de Minas Gerais
Sindicato dos Gráficos de Minas Gerais