Nota sobre a Campanha Salarial dos Jornalistas de Rádio e TV

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Na última segunda-feira (6/7) houve mais uma rodada de negociações entre o Sindicato dos Jornalistas e o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão.  Novamente, o Sindicato dos empregados insistiu na reposição mínima das perdas salariais decorrentes da inflação e defendeu o reajuste de 8,42%, correspondente ao INPC. Ao contrário das rodadas anteriores, o Sindicato propôs formas alternativas de se alcançar o índice, inclusive aceitando que o restante fosse pago em janeiro de 2016, proposta que os patrões receberam inicialmente como positiva, para depois recuarem.

Os jornalistas defendem a recomposição da inflação, contrapondo aos argumentos do Sindicato Patronal que apresenta as limitações do cenário de crise econômica que o país vive. A questão central é que o reajuste dos jornalistas diz respeito a 2014, período em que as rádios e tevês obtiveram grandes lucros, com eventos como a Copa do Mundo e eleições. Segundo dados do DIEESE, o setor teve um aumento de no mínimo 10% na arrecadação no período.

Este ano, os sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas desenvolvem a campanha de forma unificada e, com o objetivo de procurar um acordo com agilidade, apresentaram nessa quarta-feira (8/7) uma nova proposta:

Reajuste salarial de 5% retroativo à abril e de 3% à partir de setembro próximo. Os pisos salariais e demais cláusulas econômicas teriam aumento de 8,42%, retroativo a abril. O abono seria reajustado para R$ 2.220,00.

O Sindicato dos Jornalistas lamenta que, nessa quarta-feira, no mesmo dia em que apresentou nova proposta, os patrões tenham veiculado um comunicado distorcendo os fatos da última rodada de negociação. Eles tentam confundir os jornalistas e os radialistas com inverdades. O Sindicato não aprovou previamente a proposta patronal e depois recuou, como alega a nota afixada nas empresas. O Sindicato jamais aprovaria uma proposta sem a convocação da categoria para analisá-la e referendá-la, em assembleia, caso seja aceita.

O Sindicato dos Jornalistas espera agora uma resposta do Sindicato patronal sobre a proposta apresentada nessa quarta-feira e considera que já fez todos os esforços para buscar um acordo. Porém, os trabalhadores não podem aceitar que seus salários sejam achatados em função dos grandes lucros que os patrões obtiveram.

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