DJ César Coelho e DJ Bill embalam a festa do Dia do Jornalista nesta sexta 6/4

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Nesta sexta-feira, 6 de abril, o DJ César Coelho (foto abaixo) e o DJ Bill vão tocar seis horas de música na Casa do Jornalista, das 22h às 4h. Será a festa “Que pauta foi essa? 100% vinil”, com a qual o Sindicato comemorará o Dia do Jornalista. Parte de um conjunto de propostas aprovadas em assembleia da categoria, em fevereiro, a festa terá sua renda revertida para manutenção do Sindicato, cujas finanças foram solapadas pela reforma trabalhista. O ingresso custa R$ 15, comprado no Sindicato, até 18h de sexta-feira, ou R$ 20 pela plataforma Sympla.

“Tocar no salão da Casa do Jornalista é totalmente diferente. É mais intimista e a Casa tem história, como o disco”, diz César Coelho. Ele informa que vai tocar ritmos dançantes de música brasileira popular regional: samba, gafieira, forró, samba rock. São centenas de compactos da coleção que ele formou nas últimas décadas, comprando em sebos, pela internet e de amigos. “Também haverá black soul internacional: James Brown, Kool & The Gang e outros”, acrescenta.

César Coelho começou a discotecar no Cartola Bar, em 2004; passou pelo Tambolelê e pelo Samba da Madrugada, com falecido Mestre Jonas e toda a nova geração do samba de Belo Horizonte. Atualmente está no Núcleo de Estudos de Cultura Popular (Necup) e em 2018 fez o esquenta do Bloco do Pescoção, o bloco de carnaval dos jornalistas.

Ele esclarece que não é colecionador de discos, não tem com o vinil aquela relação que valoriza o disco intacto, novinho, original; gosta do compacto pelo que representa como relação entre as pessoas, a começar pelo tradicional jabá. “O artista chegava nas rádios com o compacto e dizia: ‘Ouve o meu trabalho’. Às vezes o LP nem chegava a sair, era só o compacto”, explica.

O compacto foi um produto criado pela indústria fonográfica para divulgar, principalmente em rádios, a principal música de um LP que seria lançado em seguida. Ele continha duas faixas – a principal, no lado A, e outra de menor importância, que ocupava o lado B. Nos anos 60 foram lançados os compactos duplos, com duas faixas de cada lado, especialmente quando os elepês tinham muitas canções de sucesso, como no caso dos Beatles. Além do disco, os discotecários ganhavam dinheiro das gravadoras para tocar suas músicas, prática que ficou conhecida como “jabá”.

César Coelho conta que tem, por exemplo, um compacto com o carimbo da Rádio Baré, uma rádio de Manaus que não existe mais. Muitos dos seus discos têm o nome do proprietário e outras marcas, mas ele não se importa, ao contrário, valoriza o que chama de “estética relacional”. “Para o colecionar, o disco com esses registros perde valor, para mim só soma”, explica, acrescentando que fica pensando em quantas mãos o disco passou antes de chegar às suas.

Arte-educador, além de DJ, César Coelho discorda daqueles que dizem que o vinil voltou. “Ele nunca saiu, não pode voltar”, argumenta. Ele diz que sempre acreditou na energia que o DJ tem de transformar ambientes e pessoas com a música. Ele acha que isso tem tudo a ver com a festa que o Sindicato está organizando para unir a categoria na Casa do Jornalista. “A música proporciona o encontro que promove a transformação”, afirma.

“Quando o DJ emenda músicas e faz um bloco, ele faz uma edição possível”, diz. “Uma música tem conexão com outra, a edição promove nova leitura da música, já não é uma música individual, é um outra forma, ressignificada, às vezes é só um trecho só da música.” Ele chama a isso de “comunismo das formas”: “Toda ideia está aí para ser transformada”, explica.

Acompanhe o evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/183074375648278/.

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SERVIÇO

‘Que pauta foi essa? 100% vinil.’ Festa do Dia do Jornalista, com DJ Bill e DJ César Coelho

Dia: 6 de abril de 2018, sexta-feira

Hora: 22h

Local: Casa do Jornalista (Avenida Álvares Cabral, 400, Centro, Belo Horizonte)

Ingresso: R$ 15 na Casa, R$ 20 no Sympla.

[4/4/18]

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