Abraji realiza pesquisa sobre assédio a jornalistas mulheres. Participe

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A Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e a Gênero e Número, iniciativa independente de jornalismo de dados voltada ao debate de gêneros, estão realizando a primeira pesquisa sobre assédio a jornalistas mulheres no país. Podem participar jornalistas homens e mulheres, mediante preenchimento de questionário disponível no endereço https://pt.surveymonkey.com/r/8937N8W. As entidades garantem anonimato e sigilo aos participantes.

A pesquisa pretende mapear a diversidade de gênero nas redações e obstáculos que o fato de ser mulher impõe às jornalistas, com o objetivo aumentar a segurança para repórteres, fotógrafas, editoras ou executivas de mídia no exercício profissional. Na primeira fase da pesquisa foram formados grupos focais, com encontros presenciais, em diversas cidades, nos quais as jornalistas falaram sobre suas experiências, gerando análises qualitativas que orientaram o questionário. A Abraji e a Gênero e Número realizarão uma campanha ainda este ano para tornar públicos os resultados da pesquisa.

A iniciativa nasceu da preocupação da Abraji com a segurança das jornalistas, um dos pilares da atuação da entidade, informa seu presidente, o jornalista Thiago Herdy. “O assédio à repórter mulher no exercício da profissão por uma fonte ou o comportamento de uma fonte que insinua necessidade de troca com a jornalista que busca informação é uma ameaça à segurança da profissional”, explica. Se a jornalista é impedida de trabalhar, toda a sociedade perde, por não ter acesso à informação, acrescenta.

Thiago informa que a parceria com a Gênero e Número trouxe duas novas abordagens para a pesquisa, a primeira sobre a desigualdade de gênero e poder nas redações, a segunda sobre a diversidade de gênero na produção de narrativas. Isso deu origem aos grupos focais, formados por jornalistas de rua e de chefia, de diferentes veículos, meios e cidades. “Buscamos a maior diversidade possível, garantindo o anonimato, o sigilo e a privacidade, fundamentais para a pesquisa”, informa o presidente da Abraji.

A proposta segue a mesma linha de pesquisas realizadas em outros países, que buscam mapear a diversidade dentro de veículos de mídia e seus efeitos na cobertura jornalística. O questionário é destinado a profissionais que trabalham com jornalismo e atividades correlatas em veículos brasileiros de jornalismo. Todas as questões são de múltipla escolha. As respostas serão registradas em base de dados e nenhum questionário terá seu conteúdo divulgado individualmente. A Abraji também se compromete a não divulgar dados individualizados por veículo, para preservar privacidade dos participantes.

[11/7/17]

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