UOL decreta fim do home office em plantões jornalísticos

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A volta aos escritórios é uma tendência internacional que está sendo adotada por companhias do mundo

Patrícia Lima
Diário do Rio

Seguindo a tendência de grandes globais, o UOL tomou a decisão de erradicar o home office em seus plantões de fim de semana, feriado dos e do final de ano. A gigante da comunicação informou aos jornalistas que acabaria com o trabalho híbrido, medida que levou o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) a enviar, no dia 1º de outubro, uma carta coletiva escrita pela redação à empresa, que ignorou o documento e manteve a decisão, que se coaduna com o que a maioria das empresas tem feito.

Na última quinta-feira (10), o sindicato da categoria fez um apelo à companhia para que dialogasse com a equipe editorial e que ela disponibilizasse, ao menos, transporte aos profissionais que beneficiam no plantão. As interpelações também foram ignoradas pelo UOL, contra a qual foi elaborado um manifesto escrito por jornalistas que trabalham na empresa: “Nós, jornalistas do UOL, manifestamos nossa insatisfação com a decisão unilateral da direção de conteúdo de acabar com o home office nos plantões de fim de semana, feria dos e no fim do ano (…)”, diz o manifesto que enumera diversas razões que dificultaram o trabalho presencial.

“Temos consciência de que a empresa não é obrigada a explicação de toda decisão estratégica para seus funcionários, mas, dado o impacto de uma mudança como essa sobre a vida de todos , nós consideramos justo ter a oportunidade de ao menos discuti-la”, dizem os funcionários, aparentemente inconformados com o retorno ao trabalho presencial.

A volta aos escritórios é uma tendência internacional que está sendo adotada por companhias do mundo. No dia 1º de outubro, o DIÁRIO DO RIO repercutiu medidas semelhantes adotadas por diversas organizações globais, especialmente as gigantes americanas, como: Disney, Apple, Alphabet (do Google), Meta (do Facebook), Salesforce, BlackRock, JP Morgan, e , recentemente Amazon e Dell, que permitiram que a maior parte de seus funcionários exercessem o trabalho integralmente em casa durante a pandemia e na fase posterior ao fim da crise sanitária.

Agora, no entanto, as companhias voltaram a exigir a retomada do trabalho presencial cinco dias por semana na empresa, como determinou a Dell Technologies, que emitiu um memorando, em 26 de setembro, determinado que a sua equipe global de vendas voltasse a trabalhar no escritório a partir de 30 de setembro.

Ainda em setembro, a Amazon, de Jeff Bezos, comunicou ao seu corpo funcional que, a partir de 2 de janeiro de 2025, aos trabalhadores da empresa passarão a trabalhar cinco dias por semana presencialmente. A posição da companhia norte-americana acompanhou outras empresas, como UPS, Boeing, Goldman Sachs, Tesla, X, entre outras, que já acabaram com o home office, como modelo de trabalho.

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