Trabalhadores de emissora pública mineira querem volta ao teletrabalho por causa de explosão de casos de covid

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Os trabalhadores da Rádio Inconfidência têm vivido dias de muita angústia, em razão de iminente surto de coronavírus na sede da empresa. Desde março de 2020, as emissoras AM e FM, que integram a EMC – Empresa Mineira de Comunicação, estiveram em teletrabalho, mantendo escala mínima de profissionais presencialmente. A retomada 100% aconteceu gradativamente, a partir do segundo semestre de 2021, de modo que, em outubro de 2021, o trabalho presencial havia sido restabelecido.

Neste momento, Minas Gerais, bem como o país, tem assistido a uma nova escalada de casos de contágio, especialmente pela variante Ômicron. A incidência de uma nova cepa de vírus da gripe também contribui para lotar postos de saúde. Paralelamente, nos últimos dias, tem sido difícil até mesmo realizar o teste de detecção da Covid, em razão da escassez de insumos em laboratórios e hospitais.

Na rádio Inconfidência, há 6 casos confirmados de covid: desses profissionais, 2 têm cônjuges que também trabalham na emissora, sendo que 1 deles apresenta sintomas, mas, até a manhã desta quinta-feira, não havia conseguido agendar o teste. A CIPA procurou a direção da EMC, comunicando os fatos e questionando sobre a volta circunstancial do teletrabalho, como forma de prevenir um surto. A resposta da direção é de que a orientação do estado de Minas Gerais é de se manter o trabalho presencial, inclusive para casos de INFECTADOS assintomáticos. É sabido, devido ao intercâmbio de informações com profissionais de outros órgãos do governo – de administração indireta (como é o caso da rádio), ou direta, de que o teletrabalho ou sistema híbrido segue ativo, sendo que pelo menos 2 deles redigiram seus documentos relacionados ao teletrabalho ainda em dezembro, para assinatura dos funcionários interessados.

A exposição a que todos os profissionais da empresa se encontram é injustificável, especialmente por haver experiência de teletrabalho bem sucedida durante o ano de 2020 e parte do ano de 2021. Além disso, quanto mais infectados, mais saturados os sistemas de saúde ficam, comprometendo toda a comunidade atendida.
Os trabalhadores da Rádio Inconfidência vem a público manifestar angústia e preocupação quanto ao cenário de surto anunciado vivido nas dependências da empresa, com a expectativa de minimamente sensibilizar o secretário de Cultura Leônidas Oliveira e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, para que algo seja feito em caráter emergencial, evitando que a rádio entre em colapso, destinando mais doentes ao já comprometido sistema de saúde da cidade de Belo Horizonte.

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