Jornalistas foram vítimas de agressão, ontem, durante o jogo do Atlético X Palmeiras, no Mineirão

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Mais um vez, na esteira da onda de violência contra jornalistas que assola o país, um repórter da TV Gazeta foi agredido fisicamente com um capacete por um torcedor do Atlético depois da classificação do Palmeiras na noite de ontem, em Belo Horizonte, e por sorte não se machucou gravemente. A equipe da Globo Minas, que cobria a movimentação do lado de fora do jogo, também foi alvo de ataques e violência. Torcedores xingaram os jornalistas e tentaram impedir a realização da reportagem tampando a lente da câmera e jogando objetos na direção da equipe. Em ambos os casos, a PM teve que intervir ara garantir o trabalho e a segurança da imprensa.
Dois torcedores acusados da agressão foram detidos pela Polícia Militar e levados para delegacia para prestar depoimento, sendo liberados em seguida.

Esse fato lamentável de ontem se soma aos inúmeros e cotidianos casos de violência contra jornalistas registrados em todo o país. Não há uma semana em que um ou uma jornalista não são vitimas de agressões físicas e verbais, linchamentos virtuais, ameaça de morte e de processos judiciais, discurso de ódio e até mesmo assassinato, colocando o Brasil, cada dia mais, na vergonhosa lista de um dos locais mais violentos para o exercício da profissão de jornalista.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) repudiam mais uma vez essa agressão, lembrando que a violência contra jornalistas é também um atentado à liberdade de expressão e devem ser amplamente combatidas por todos os segmentos da sociedade.

É preciso que as autoridades competentes tomem medidas efetivas para investigar e punir os criminosos para que eles não sigam impunes e para que sirva de exemplo para coibir atitudes como essa, infelizmente, cada dia mais comum na rotina dos profissionais da imprensa em todo o Brasil.

De acordo com Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2020, elaborado pela FENAJ, o número de casos de agressões subiu 105,77% e foi o mais violento, desde o começo da década de 1990, quando a entidade sindical iniciou a série histórica.

“Jornalismo não é crime! É um bem público essencial à democracia. Basta de violência contra jornalistas”

(*) o nome dos jornalistas não vai ser divulgado para evitar ataques virtuais

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