Sindicato manifesta solidariedade a mais dois jornalistas vítimas do ‘bolsonarismo’

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Na semana em que centrais sindicais e movimentos populares convocam protestos contra o governo Bolsonaro, marcados para este sábado (19/6), o jornalismo mineiro sofreu novos ataques e ameaças à liberdade de expressão.

Na quinta (17), um repórter e apresentador do Estado de Minas foi alvo de comentário homofóbico por parte do deputado estadual Bruno Engler (PRTB), apoiador de Jair Bolsonaro. A postagem do deputado gerou uma enxurrada de comentários homofóbicos e ameaçadores contra o jornalista, que havia ironizado as chamadas “motociatas” promovidas por Bolsonaro. Por conta da incitação do deputado Bruno Engler, o jornalista recebeu mensagens ofensivas em suas redes sociais e teve que fazer um boletim de ocorrência, dada a gravidade das agressões virtuais.

Na sexta (18), o radialista, jornalista e âncora da Rádio Super 91,7, Rodrigo Freitas, trouxe à tona o conteúdo de duas cartas enviadas por um ouvinte que fez ameaças veladas à integridade física do jornalista. O ataque se deu pelo fato de Rodrigo Freitas, no exercício de âncora e comentarista, ter chamado o ex-ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello, de “fujão”, por sua postura em relação à CPI da Covid-19. O conteúdo das cartas enviadas faz, inclusive, apologia à tortura.

O Sindicato dos/as Jornalistas Profissionais de Minas Gerais manifesta apoio e solidariedade aos profissionais que seguem comprometidos com o jornalismo de opinião e têm o direito à liberdade de expressão. E repudia toda e qualquer ação de coação, censura e/ou ameaça aos profissionais.

Os fatos ocorridos nesta semana reforçam o que o Relatório da Fenaj 2020 apontou; além do crescimento exponencial da violência contra profissionais da imprensa, a grande maioria das ameaças e agressões estão ligadas ao bolsonarismo, movimento político de extrema direita liderado por Jair Bolsonaro. Sendo o presidente do país, o principal agressor e incentivador de ataques a jornalistas e também à liberdade de imprensa e à própria democracia.

É fundamental que as autoridades – Polícia, Justiça e Ministério Público – apurem e investiguem estes e outros casos para responsabilização.

O Sindicato vem também a público cobrar das empresas jornalísticas – em especial nesses dois casos o Estado de Minas e a Rádio Super – medidas efetivas que protejam o trabalhador da notícia. Além de respostas contundentes à sociedade contra os ataques às liberdades de expressão e de imprensa, que ferem a democracia. Por isso, tais empresas não devem, de maneira nenhuma, se omitir diante de casos que ameaçam profissionais do jornalismo.

Nós, Jornalistas de Minas, não nos calaremos! O SJPMG reafirma sua posição de defesa do jornalismo e dos jornalistas no exercício da sua profissão.

[19/6/2021]

Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais
Gestão 2020-2023

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