SJPMG cobra de empresas de comunicação medidas de proteção contra Covid

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Há mais de um ano, o mundo está enfrentando a crise provocada pela Covid-19. No Brasil, já são quase 10 milhões de casos e estamos chegando à terrível marca de 300 mil mortes. Em Minas, a situação é gravíssima, com falta de leitos, oxigênio, insumos, poucas vacinas, mais de um milhão de pessoas contaminadas e todo o Estado em lockdown para tentar frear o vírus e diminuir as mortes.

Como se não bastasse essa situação, pesquisa realizada pelo Departamento de Saúde, Previdência e Segurança da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) comprovou que os profissionais da imprensa estão entre as principais vítimas da Covid-19. Do início da pandemia, em 2020, até o final de janeiro deste ano, pelo menos 94 profissionais morreram em decorrência da Covid-19.

Depois da conclusão da pesquisa, a situação agravou-se ainda mais, com crescimento dos casos de contaminação entre jornalistas que estão na linha de frente da cobertura. Desse total de casos, 25% foram registrados somente em janeiro, o que mostra o agravamento da situação.

Empenho – Diante de tudo isso, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) exorta os governos e os empregadores de jornalistas a renovarem o empenho para garantir a segurança e os direitos dos operários da notícia neste momento crítico, tendo em vista que profissionais de jornalismo estão na linha de frente dessa pandemia, combatendo a desinformação e ressaltando o papel social da profissão.

Por isso, é importante que os empregadores de jornalistas, nos setores público e privado, resguardem a integridade física dos profissionais, garantindo que as equipes de reportagem e assessoria de imprensa não contactem nem sejam expostas a pessoas com suspeita ou diagnóstico confirmado de Covid-19. Além disso, é preciso proteger a saúde das equipes, que podem passar a ser transmissoras da doença em caso de contágio massivo.

Portanto, seguindo orientação da Fenaj, da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) e do Conselho dos Sindicatos Globais (CGU), orientamos, a seguir, os empregadores da mídia a adotarem ou renovarem a adoção do protocolo de segurança nas redações.

Orientações – Como demanda adicional, chamamos a atenção para as regras específicas relacionadas ao home office – modelo de trabalho que se tornou uma via para se tentar garantir a não contaminação de profissionais, sobretudo os que têm  comorbidades e fazem parte dos chamados “grupos de risco”.

É importante destacar que, até este momento, a maioria da categoria em teletrabalho tem arcado com os custos do home Office, fato que precisa ser urgentemente corrigido. O SJPMG vai chamar os empregadores para discutir essa pauta no Ministério Público do Trabalho, já que nas convenções, houve recusa por parte dos patrões de tratar desse assunto, sob alegação de que todos os empregadores já cumprem as regras, o que não é verdade.

Dado a esse cenário, o SJPMG enviou um ofício para os patrões reiterando os cuidados que devem ser adotados para a prevenção, controle e mitigação do coronavírus nas redações e assessorias que continuam funcionando presencialmente. Em alguns ambientes de trabalho, já foram detectados muitos casos de contaminação, principalmente nas televisões, onde o ambiente fechado favorece a propagação da doença.

Cuidados – Entre as recomendações estão o fornecimento de mascaras de melhor qualidade (n95); colocação em trabalho remoto do maior número possível de jornalistas, como forma de reduzir a aglomeração; estabelecer escalas de trabalho de modo a reduzir o número de jornalistas nas redações, evitando aglomerações e picos; sob hipótese alguma, colocar os profissionais da mídia em contato (para entrevistas) com pessoas com suspeita ou diagnóstico confirmado de Covid-19.

O SJPMG também pede que sejam informados aos profissionais as contaminações ocorridas no ambiente de trabalho (preservando o nome dos contaminados) para que eles possam tomar as precauções necessárias, entre elas a quarentena, caso seja necessário, para evitar surtos.

O SJPMG já recebeu denúncias de surtos em emissoras da capital. E pede aos jornalistas que, caso estejam ocorrendo irregulares em seu ambiente de trabalho, procure a entidade rapidamente. Também é importante comunicar os casos e óbitos, para que possamos acompanhar e registrar o número de jornalistas infectados.

Contato (31) 982394231

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