O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais vai convocar uma reunião para discutir a proposta da campanha salarial para os jornalistas de rádio e TV (capital e interior), que prevê somente reposição de 3,3% da inflação. As empresas se recusam a pagar o abono, uma conquista histórica dos jornalistas da capital, e o retroativo integral. Querem pagar apenas três meses e em forma de abono e não como salário. Proposta idêntica já foi rejeitada pelos radialistas em assembeia feita na última semana de 2020.
Os patrões também não aceitaram, apesar dos inúmeros casos registrados, principalmente nas televisões, a criação de um protocolo sanitário para combate e mitigação da covid-19 – como tinha sido proposto pelo Sindicato formalmente no ano passado. Alegam que as emissoras seguem “rigorosamente” as normas. Enquanto isso, o número de jornalistas contaminados nas televisões e rádios não para de subir. Em 2021, na TV Alterosa, foram 15 casos de pessoas contaminadas e uma falecida.
Também não quiseram discutir regras para o teletrabalho. Muitos jornalistas estão trabalhando em casa e arcando com todas as despesas que deveriam ser dos patrões, até mesmo telefone para apuração de reportagens.
O Sindicato aguarda apenas o retorno das férias de seu assessor jurídico, Luciano Marcos, para que ele possa participar e esclarecer dúvidas sobre a campanha e também sobre outros assuntos trabalhistas que têm chegado com frequência ao SJPMG.
Essa convenção discute apenas questões econômicas. As outras cláusulas relacionadas a questões trabalhistas, compensação de jornada, intrajornada, diária de viagem, assédio continuam em vigor. Elas vencem somente em abril deste ano, quando deve ser discutido um novo texto que, ao menos, englobe questões pertinentes como medidas sanitárias contra epidemias e teletrabalho, assuntos que vieram para fazer parte da vida de todos.
[15/1/21]