Conjunto de medidas propostas pode elevar a arrecadação em cerca de R$ 300 bilhões e atinge só 0,3% da população, os bilionários.
É possível fortalecer o Estado brasileiro, ter recursos para enfrentar a pandemia provocada pelo novo coronavírus e garantir emergencialmente renda para milhões de brasileiros e, depois, a retomada do desenvolvimento econômico com distribuição de renda? Sim, é a resposta enfática de um grupo de entidades que lançam, neste 28 de outubro, a campanha Tributar os super-ricos. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) faz parte da campanha.
O lançamento será em evento virtual, a ser realizado a partir das 10 horas da próxima quinta-feira, com transmissão pelo perfil no Facebook da campanha (www.facebook.com/tributar.os.super.ricos) e pelos perfis das entidades participantes, como a Fenaj (www.facebook.com/fenajoficial).
A campanha pretende sensibilizar a sociedade brasileira e os parlamentares para a necessidade de se implementar medidas tributárias emergenciais, para o enfrentamento da grave crise atual. Propõe-se a aprovação de oito projetos de lei que podem promover um aumento de arrecadação de cerca de R$ 300 bilhões, tributando somente as altas rendas e os grandes patrimônios. Isso significa que somente 0,3% da população brasileira, que são super-ricos, serão atingidos.
As medidas propostas também vão promover a redução do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 15 mil por mês; a redução dos impostos para as micro e pequenas empresas; soluções para o financiamento da seguridade social (previdência, assistência social e saúde) e medidas para a geração de empregos.
Uma cartilha com informações simplificadas das propostas de projetos de lei e uma calculadora para que os trabalhadores possam simular a sua situação após a implementação das propostas estão disponíveis, assim como informações detalhadas sobre a proposta.
A presidenta da Fenaj, Maria José Braga, defende as medidas propostas e reforça o argumento de que, no Brasil, os ricos pagam, proporcionalmente, menos impostos que os trabalhadores. “Não existe Estado que atenda as necessidades da população em saúde, segurança, educação, moradia e outras áreas sem arrecadação de impostos. E é justo que os super-ricos contribuam mais”, enfatiza.
A campanha Tributar os super-ricos iniciou-se pelas seguintes entidades: Instituto Justiça Fiscal (IJF), Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Fundação Friedrich Ebert Stiftung (FES), Delegacias Sindicais do Sindifisco Nacional (Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba e Ribeirão Preto), Auditores Fiscais pela Democracia (AFD) e Movimento contra as Reformas (MovRio). E continua aberta a adesões.
Acesse:
Cartilha Tributar os Super-ricos
Por que tributar os super-ricos é a melhor saída
Links para as contas da campanha:
Instagram: https://www.instagram.com/tributar.os.super.ricos/
Facebook: https://www.facebook.com/tributar.os.super.ricos
Twitter: https://twitter.com/OsTributar
[26/10/20]