O Sindicato convoca os jornalistas de jornais e revistas para assembleias simultâneas nas redações nesta quinta-feira 17/9, às 14h30, com o objetivo de deliberar sobre a nova proposta de reajuste salarial.
Conforme informamos anteriormente, a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE) propôs nesta terça 15/9, em reunião de mediação entre os sindicatos dos trabalhadores – jornalistas, gráficos e empregados na administração – e o sindicato patronal, um reajuste que repõe o INPC de forma escalonada, até janeiro de 2016. Para os jornalistas, que têm data-base em 1º de abril, o INPC foi de 8,42%. Pela proposta da SRTE, a reposição seria de 4% retroativos a abril, mais 3% a partir de outubro e 1,42% a partir de janeiro.
O mesmo índice seria aplicado às demais cláusulas econômicas; as outras cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) seriam renovadas. Os patrões aceitaram a proposta da SRTE; os sindicatos dos trabalhadores, que este ano estão fazendo campanha unificada para aumentar sua força, ficaram de submetê-la às assembleias das categorias.
Veja a seguir uma retrospectiva das longas negociações com os patrões até a proposta feita pela SRTE.
– A campanha salarial dos jornalistas 2015-2016 começou em fevereiro, com a aprovação da pauta de reivindicações em assembleia e seu encaminhamento aos patrões. A reivindicação, entre outros itens inovadores, foi de reposição das perdas salariais de acordo com o INPC (8,42%) e aumento real.
– Foram feitas várias reuniões entre o Sindicato dos Jornalistas e o sindicato patronal e os patrões se mantiveram intransigentes na sua proposta de antecipação salarial de 4%, alegando dificuldades financeiras. Os jornalistas argumentaram que em 2014 as empresas tiveram grandes lucros, como é de conhecimento público.
– Diante da intransigência patronal, jornalistas, gráficos e empregados na administração de jornais e revistas decidiram unir suas campanhas e buscar a mediação da SRTE.
– A primeira reunião de mediação foi feita no dia 27/8, diretamente com as empresas jornalísticas, pois o sindicato patronal encontrava-se desatualizado perante o Sistema Mediador. Participaram da reunião representantes dos jornais Estado de Minas, Diário do Comércio, Hoje em Dia, O Tempo, Balcão, Metro, da Cidade e das revistas Encontro e Viver. Os trabalhadores apresentaram proposta de reposição das perdas inflacionárias e renovação das demais cláusulas da CCT.
– No dia 9/9, o sindicato patronal voltou a negociar com os sindicatos dos trabalhadores e finalmente apresentou uma nova proposta: reajuste de 4%, retroativo à data-base, e mais 3% a partir de outubro, somando 7%; os trabalhadores não aceitaram e reivindicaram no mínimo reajuste igual ao INPC.
– Na terça 15/9, na segunda reunião de mediação na SRTE, a mediadora propôs que os patrões chegassem aos 8,42%, com um novo reajuste de 1,42% em janeiro. Os patrões aceitaram.