Em 2019, Brasil encontrou 1.054 trabalhadores escravizados, 468 deles em Minas

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O governo federal encontrou 1.054 trabalhadores em situação análoga à de escravo, em 2019, em 267 estabelecimentos fiscalizados após denúncias por parte de vítimas ou de investigação de auditores, procuradores e policiais. Desse total, 934 pessoas estavam em estabelecimentos rurais e 120, em urbanos – dos quais 46 estrangeiros. De 1995 a 2019, 54.686 pessoas foram resgatadas dessas condições.

Os dados são do Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério da Economia. Ao todo, R$ 4.105.912,05 foram pagos em verbas rescisórias e direitos trabalhistas devidos. O valor não inclui indenizações obtidas através de ações e acordos firmados pelo Ministério Público do Trabalho.

No ano anterior, a quantidade de trabalhadores encontrados foi quase 40% superior (1.745), mas o número de estabelecimentos, menor: 249. Essa diferença foi causada por um flagrante de grandes proporções – em 2018, 565 pessoas estavam sujeitas a condições análogas às de escravo por parte de uma seita religiosa em Minas Gerais, coordenada pela empresa Nova Visão – que atua em fazendas e no comércio urbano.

Minas foi a unidade da federação mais fiscalizada (45 ações) e com o maior número e trabalhadores resgatados (468) em 2019. Completam os dez primeiros: São Paulo, Pará, Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão, Rondônia, Sergipe, Rio Grande do Norte, Mato Grosso.

Desde 2013, o Estado se mantém à frente no número de trabalhadores escravizados encontrados. De acordo com Xavier Plassat, coordenador da campanha nacional de erradicação do trabalho escravo da Comissão Pastoral da Terra, isso se deve exatamente porque é onde mais se fiscaliza devido à ação das instituições públicas que atuam em Minas Gerais.

Clique AQUI para ler a íntegra no Blog do Sakamoto.

(Crédito da foto: Grupo Especial de Fiscalização Móvel/ME.)

[27/1/20]

 

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