“Fizemos questão de separar críticas conceituais de agressões”, diz presidente da Fenaj sobre ataques de Bolsonaro à imprensa

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Em reunião do Conselho de Comunicação Social (CCS), realizada no Senado nesta segunda, 4, Maria José Braga, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), apresentou os dados de uma pesquisa inédita realizada pela entidade sobre ataques de Jair Bolsonaro à imprensa.

Em reportagem da redação da Senado Notícias, a dirigente ressaltou que o levantamento da Fenaj foi “criterioso”, buscando separar “críticas conceituais” de “ataques puros e simples”.

De acordo com a pesquisa, os principais alvos dos ataques do presidente são o grupo Globo e os jornais Folha de S. Paulo e Valor Econômico. Ainda segundo o estudo da Fenaj, desde a posse o presidente fez 99 ataques diretos a jornalistas ou à forma como os trabalhos da imprensa são conduzidos no país.

“Só em outubro, o presidente realizou 13 ataques pessoais contra jornalistas ou à forma como o jornalismo é feito no país”, informa a presidente da Fenaj. Para ela, o presidente “parece buscar de forma sistemática desacreditar a imprensa, intentando que a população creia ser ele um perseguido por ela, e que portanto as informações veiculadas não seriam confiáveis”.

Casos de censura

Todos os meses a dirigente reporta ao CCS casos de censura e violência a profissionais de comunicação no país. No relatório de outubro, ela destacou a censura da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) a reportagem sobre Jackson do Pandeiro que mostrava uma imagem de Marielle Franco. Mesmo sendo mostrada de relance, a imagem levou o material a ser reeditado para publicação no YouTube e o diretor do programa “Antenize”, Vancarlos Alves, a ser demitido.

Em seu relatório mensal, Braga também citou a censura praticada pelo YouTube, sob alegação de proteção de direitos autorais, a um vídeo publicado na Ponte Jornalismo mostrando um professor da rede de ensino AlfaCon fazendo apologia à tortura e ensinando métodos de execuções extra-judiciais a pessoas interessadas em seguir carreira na Polícia Militar.

(Publicado pelo Portal Imprensa.)

 

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[6/11/19]

 

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