Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira 19/12, os trabalhadores na administração do jornal Estado de Minas decidiram voltar ao trabalho. Eles farão nova assembleia na sexta-feira 21, às 12h30, em conjunto com jornalistas e gráficos, e poderão voltar à greve, caso a empresa não cumpra o compromisso de quitar todos os atrasados e pagar a segunda parcela do 13º salário.
O compromisso de quitar os salários de novembro, cujo atraso motivou o movimento, foi assumido pela empresa em reunião na Justiça do Trabalho, com os sindicatos, realizada na manhã de hoje. Comprometeu-se também a não fazer retaliações nem descontar os dias parados.
Ontem, segundo dia de greve, o jornal depositou grande parte dos salários de novembro, mas ainda deixou sem pagamento muitos trabalhadores.
A volta ao trabalho foi um voto de confiança na empresa, a pedido do juiz do Trabalho. “Continuamos em estado de greve. Caso a empresa não cumpra o que prometeu, voltaremos a parar na sexta-feira”, disse Rodrigo do Carmo, diretor do Sindicato dos Empregados na Administração de Jornais e Revistas.
O compromisso inclui o pagamento da segunda parcela do 13º, que vence nesta quinta-feira 20. Por isso a assembleia de sexta-feira será conjunta com jornalistas e gráficos, que também aguardam o pagamento.
Os trabalhadores exigem também que, após quitar os salários devidos, o Estado de Minas regularize definitivamente o pagamento do plano de saúde, do tíquete alimentação e do vale transporte. Esses benefícios vêm sendo interrompidos sistematicamente, o que causa grandes prejuízos a todos. Os demais débitos trabalhistas, como não recolhimento do FGTS e não pagamento de férias, serão discutidos depois.
“O jornal descobriu a força que os trabalhadores da administração têm”, disse Rodrigo, explicando que o movimento continua forte e que a adesão é maciça.
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(Crédito da foto: Rodrigo do Carmo.)
[19/12/18]