Sylvino de Godoy (foto) é proprietário do Grupo RAC, que publica os jornais Correio Popular, Notícia Já e Revista Metrópole na região de Campinas.
O empresário Sylvino de Godoy, proprietário do Grupo RAC – que publica os jornais Correio Popular, Notícia Já e Revista Metrópole, que circulam na região de Campinas, foi preso, na manhã desta quinta-feira (22), na 3ª Fase da Operação Ouro Verde do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, com o apoio do Baep (Batalhão de Operações Especiais da PM).
O empresário, que se recupera de uma cirurgia, passou mal no momento da prisão e foi encaminhado para o Hospital da PUC-Campinas, onde permanece internado com a escolta da polícia.
Sylvino é suspeito de ter intermediado a contratação de seu filho, Gustavo Godoy, pela Organização Social Vitale, que administrava na época o Hospital Thiago Pena. A contratação de Gustavo, que também tem mandado de prisão expedido, se deu por um salário maior do que o padrão para o cargo. Em troca, Sylvino teria que omitir nos veículos de comunicação que comanda notícias sobre uma suposta ligação da administração municipal no desvio de recursos públicos pela Vitale.
Ele chegou a ser grampeado em ligação telefônica ao Diretor da Vitale, Ronaldo Foloni, em conversas que teriam confirmado as suspeitas levantadas pela investigação.
Além de Sylvino, também teve mandado de prisão o secretário de Assuntos Jurídicos da prefeitura de Campinas, Silvio Bernardin. Promotores do Gaeco fizeram buscas em seu gabinete na prefeitura, na manhã desta quinta-feira. Ele ainda não foi encontrado. Bernardin teria interferido para a contratação da Vitale.
O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), informou que o secretário de Assuntos Jurídicos pediu exoneração. Em nota, o governo alega que a demissão ocorreu para que o agora ex-secretário possa exercer “o direito inalienável de todo cidadão garantido pela Constituição Federal de amplo direito de defesa”.
Dentre os investigados, além de Bernadin e Sylvino, estão dois ex-diretores do Hospital Ouro Verde e quatro empresários. Os alvos são investigados pelos crimes de organização criminosa, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Ao todo estão sendo cumpridos oito mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campinas, Jundiaí, Serra Negra e São Paulo.
A operação, batizada de “Reação”, investiga desvios de recursos públicos do Hospital Ouro Verde, em Campinas. Nesta etapa, apurou-se o desvio de mais de R$ 2 milhões de recursos públicos, em esquema criminoso que envolveu o direcionamento de contratação de fornecedores com preços superfaturados e a entrega de vantagens indevidas a agentes públicos.
(Publicado pela revista Fórum. Com informações de A Cidade, de Campinas. Crédito da foto: Digitais PUC Campinas.)
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[22/11/18]