Mídias sociais lideram como principal fonte de notícias no Brasil

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mulher acessa informações no celular enquanto caminha Foto: Pìxabay
mulher acessa informações no celular enquanto caminha Foto: Pìxabay

Confira o que anda acontecendo no mercado de comunicação, com destaque para o relatório do Instituto Reuters sobre o interesse de consumo de notícias

Carlos Plácido Teixeira
Jornalista | Diretor do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais

A edição 2024 do relatório anual Digital News Report, desenvolvido pelo Instituto Reuters para Estudos de Jornalismo de Oxford revela que 47% dos brasileiros evitam consumir notícias. O levantamento deste ano revela um aumento de 6 pontos percentuais na rejeição, na comparação com 2023. As redes sociais seguem como principal fonte de informações para os brasileiros. Mas houve uma queda, de 51% no levantamento atual, contra 57% na pesquisa anterior.

O relatório também aponta que o uso de inteligência artificial (IA) na produção de notícias e desinformação tem sido cada vez mais alvo de preocupação em todo o mundo, e isso traz novos desafios para as empresas jornalísticas.

Em síntese


Interesse de jornalistas

Organizações articulam fundo de apoio ao jornalismo

Organizações jornalísticas e filantrópicas se reuniram, para a criação de um fundo de apoio ao Jornalismo no Brasil, com o objetivo de mobilizar recursos para fortalecer as capacidades de gestão e desenvolvimento das empresas de mídia no País. Articulada pela Associação de Jornalismo Digital (Ajor), a iniciativa reconhece o papel do setor e das mídias de interesse público na promoção dos processos democráticos.

Segurança para jornalistas: guia mostra precauções em eventos extremos

Com apoio da FENAJ, grupo de pesquisa da USP e Dix Conteúdo e Relacionamento lançam guia básico para jornalistas em cobertura de eventos extremos. A publicação alerta para o cuidado com a saúde mental de profissionais durante a cobertura jornalística de desastres ambientais e situações de grande impacto coletivo.


Mercado de comunicação

Pesquisa aponta pulverização no mercado de influenciadores digitais

Dados preliminares de uma pesquisa apresentada durante o Festival 3i, no Rio de Janeiro, revelam que o mercado de influenciadores digitais é caracterizado pela pulverização. O estudo buscou entender o que leva os jovens a seguir um determinado perfil nas diferentes plataformas, bem como qual é a influência destes perfis na construção de opiniões e atitudes políticas entre os usuários das redes sociais Ao todo, 701 foram mencionados. Destes, 72,6% foram citados apenas uma vez e apenas 3,7% receberam cinco ou mais menções.

Pesquisa sobre mídia cívica indica ruptura com conceitos tradicionais

Uma série de organizações que apostam no jornalismo como ferramenta para uma transformação social vem desafiando conceitos considerados tradicionais. Segundo a pesquisadora Nina Weingrill, da Fundação Getulio Vargas (FGV) e integrante do International Center for Journalists (ICFJ), organização sediada nos Estados Unidos, são organizações que adotam premissas alinhadas a uma teoria da mudança.

Mídia corporativa

Depois do Estado de S. Paulo, o jornal O Globo publicou reportagem no domingo, dia 16, acusando influenciadores de esquerda de manterem um esquema organizado de disseminação de fake news, como uma espécie de “gabinete do ódio”, observado durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Pelo X, antigo Twitter, a presidenta do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), rebateu: “grandissíssima fake news é tentar igualar a esquerda ao bolsonarismo na propagação de… fake news, como faz matéria do jornal O Globo”

Lula afirma que o sistema financeiro “domina a imprensa” e critica convescote de Campos Neto com o mercado

Fechamento de jornal
O Diário Popular, de Pelotas, circulou no dia 12 de junho com a sua última edição, dando fim às suas atividades após 133 anos. A publicação era a terceira mais antiga do Brasil ainda em atividade e foi uma das pioneiras do jornalismo no Rio Grande do Sul.


Prêmios

Saúde mental

A Associação Brasileira de Psiquiatria abriu as inscrições para a 10ª edição do Prêmio ABP de Jornalismo. A iniciativa visa a reconhecer e premiar trabalhos que abordam temas relacionados à saúde mental, desmistificando e combatendo o estigma associado aos transtornos mentais e à psiquiatria. Neste ano, podem concorrer reportagens publicadas de 14 de agosto de 2023 a 9 de agosto de 2024 – data em que se encerra o período de inscrições –, nas categorias Jornal/Revista, Mídia Online, Rádio, Televisão, Canal (podcast/youtube) e Influencer. Acesse:  abp.org.br/premiojornalismo

Anamatra

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) está com inscrições abertas, até 24 de julho, para a décima primeira edição do “Prêmio Anamatra de Direitos Humanos. Acesse: “www.anamatra.org.br/premiodh


Eventos

8º Encontro Nacional de Comunicadores e Ativistas Digitais divulga programação completa

A FENAJ participa, no dia 6 de julho, de um painel sobre fortalecimento da comunicação pública e financiamento da mídia alternativa, durante o 8º Encontro Nacional de Comunicadores e Ativistas Digitais.

Abraji realiza congresso internacional em julho

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) realiza de 11 a 14 de julho, na ESPM-SP, em São Paulo, o seu 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. O evento terá a participação de 20 jornalistas de diferentes partes do mundo, nas mesas presenciais e on-line do congresso, para debater temas como Inteligência Artificial, desinformação e sustentabilidade do jornalismo.


Debates jornalísticos

“Sem notícias”: um retrato da vida sem jornalismo
Sarah Fernandes

Não raro, jornalistas questionam sua profissão, seja por todos os desafios da carreira, pelo imperativo dos algoritmos e caça-cliques, ou até pela sensação de estar enxugando gelo em um contexto de muita desinformação – quando as redes sociais se tornaram o principal meio de as pessoas se manterem informadas. Mas convido a uma reflexão: como seria nosso cotidiano sem jornalismo? (Observatório da Imprensa)

Com reportagens preguiçosas, Fantástico cheira a mofo
Murilo Melo

Mas o que acontece nos últimos anos, e vem piorando a cada semana que vai ao ar, é o jeito fantástico de apresentar ao leitor reportagens requentadas, sem nenhuma novidade numa época em que a cada segundo grande parte das informações é contada no jornalismo online, nas redes sociais, nas dezenas de telejornais da manhã, tarde, noite; dos canais abertos e fechados. (Observatório da Imprensa)


Compre livros

Em nome de quem?: A bancada evangélica e seu projeto de poder 
A máquina do ódio: Notas de uma repórter sobre fake news e violência digital
Bolsonarismo: Da guerra cultural ao terrorismo doméstico: Retórica do ódio e dissonância cognitiva coletiva

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