Adeus a Estácio Ramos, um dos grandes da TV Itacolomi ; por Ivan Drummond

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“TV Itacolomi, sempre na liderança, canal 4, Belo Horizonte, Minas Gerais”. Esse era o principal refrão da TV Itacolomi,  televisão pioneira em Minas Gerais, e que deixou grande saudade. E nesta segunda-feira (31/5), recebi um recado de que morreu em Florianópolis, no sábado passado, um dos valorosos integrantes da equipe de jornalismo, aliás, o editor geral: Estácio Ramos.

Grande Estácio. Era chefe do meu pai, Felippe Drummond. Não me esqueço da equipe. Ele, o editor geral. Luiz Fernando Perez vinha logo abaixo. Sérgio Prates, chefe de reportagem. Hélio Fraga, Paulo de Castro Leite, os editores. Pai, Odail Fraga, Juquinha, Paulo Henrique, o “PH”, os repórteres. Jessido Freire, Mauro Homem, Antonimar Carias de Miranda, os cinegrafistas. Seu João, Elias, Barsante, os motoristas, sendo que este último, se tornou cinegrafista.

A TV tinha uma equipe de esportes fantástica, a primeira de Minas Gerais, que trabalhava com o jornalismo, contando Fernando Sasso, Kafunga, Ronan Rogério Perez, Ronan Ramos, o “repórter da camisa amarela”, Magafa, Erasmo Ângelo, Rodrigo Mineiro, Daniel Gomes, depois Walter Luiz, Paulo Celso, e ainda Paulo Papini, Xico Antunes  e JA Ferrari.

Era comandada por José de Oliveira Vaz e contava ainda com Ubaldinho Guimarães, Talardo,  Haroldo Fallabela, o Palhaço Moleza e sua mulher, Dona Peteca, pais do craque Toninho Cerezo, que também trabalhou lá, quando menino, integrando a trupe do circo e do teatro, Dênio Moreira, que apresentava o Boliche Inglesa Levy, Dirceu Pereira, Levir Freire, Lady Francisco, Verinha, a garota propaganda, Dulce Maria, que apresentava o programa infantil Lavourinha.

Bons tempos. Não me esqueço que meu pai, para dar uma folga pra minha mãe, me levava pra trabalhar com ele, para fazer a ronda, que é como se chamava o giro para cumprir a pauta de matérias para o jornal Bancominas, apresentado pelo Dênio Moreira, teve também o José Lino de Souza Barros, que ficou anos no ar. Depois veio o Jornal do Almoço, mais tarde rebatizado Factorama.

Isso tudo tinha a bolação do Estácio. Era uma turma unida. Era tão amigos, que montaram um time de futebol de salão, que jogava todas as terças-feiras, no ginásio do COPM (Clube dos Oficiais da Polícia Militar), no Prado. Jaime Gomide, era o goleiro. Na linha, Estácio, Luiz Fernando Perez, Waltinho (cunhado do Estádio que era do administrativo da TV), Ronan Ramos, Sasso, Rogério Perez, Erasmo Ângelo.

E depois de cada partida, um encontro, dos amigos, cada terça-feira na casa de um. As esposas iam, algumas vezes. Era algo fascinante. Acho, até, que aprendi, com essa turma, a importância de uma amizade.

Pois mais um dos amigos se foi. Foi se encontrar com meu pai, Felippe Drummond, Luiz Fernando Perez, Antonimar, Sasso, Zé Vaz, Gomide, Paulo de Castro Leite, e com certeza, devem estar contando casos de jogos de futebol e outras artimanhas que aprontaram por aqui. Com certeza, grandes homens, grandes jornalistas, grandes cronistas. Que Deus receba o Estácio.

Depois de comandar a reportagem da TV Itacolomi, Estádio foi o assessor de imprensa do Governo de Minas Gerais e daí, foi para o sul do país, dirigir a RBS. Vivia em Florianópolis, onde escolheu ficar com a mulher Letícia, uma das participantes da roda de amigos. Vá com Deus.

3 COMMENTS

  1. Tive o previlégio da amizade e convivência com o Estácio e com a família dele . Foi uma das pessoas mais generosas que conheci , unia em torno dele uma turma que o amava e respeitava . era positivo , amável e muito bonito .Vai fazer muita falta . Uma pessoa rara .

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