O SJPMG e a Casa do Jornalista estão estreando nesta terça-feira 1/9/20 uma nova seção, destinada à publicação de crônicas escritas por jornalistas: ‘Pra não dizer que não falei de crônicas’. O objetivo é recuperar um gênero literário de grande sucesso, oferecendo ao público cronistas de qualidade que atualmente estão fora das páginas dos jornais.
Para começar, publicamos duas crônicas: A casa sem portas, de Carlos Herculano Lopes, e Acaso…, de Arnaldo Viana.
A partir do dia 4/9, elas serão publicadas sempre às sextas-feiras.
Carlos Herculano Lopes trabalhou durante décadas no jornal Estado de Minas e é autor de mais de uma dezena de livros de ficção, entre eles sete de crônicas e contos: Memórias da Sede (Prêmio Cidade de Belo Horizonte), O Sol nas Paredes, Coração aos Pulos, O Pescador de Latinhas, Entre BH e Texas, O Chapéu do seu Aguiar, A Ostra e o Bode. Seu romance A Dança dos Cabelos ganhou o Prêmio Guimarães Rosa e os romances Sombras de Julho e O Vestido foram transformados em filmes.
Clique AQUI para ler a crônica A casa sem portas, de Carlos Herculano.
Arnaldo Viana, além de jornalista de sucesso no Estado de Minas, entre outros veículos, e cronista, é o autor do nome da seção, que faz uma dupla referência: à célebre canção de Geraldo Vandré Pra não dizer que não falei das flores, mais conhecida como Caminhando, e ao livro Podem dizer que não falei de flores, do jornalista Celius Aulicus, o General da Banda, um dos cronistas mineiros mais celebrados e queridos.
Clique AQUI para ler a crônica Acaso…, de Arnaldo Viana.
Outros autores já foram convidados e toparam, entre eles Daniel Gomes, Hermínio Prates, Danilo Andrade, Carlos Felipe, Rogério Perez, Djalma Gomes, Mirtes Helena e Déa Januzzi. A seção está aberta aos jornalistas interessados. O tema das crônicas será livre e os autores escreverão sobre o que quiserem.
O presidente da Casa do Jornalista, Mauro Werkema, que também contribuirá para a nova seção, é um entusiasta da ideia.
“A Casa do Jornalista, com pleno apoio do Sindicato, por indicação do companheiro Ivan Drummond, jornalista de longa tradição familiar, faz um convite a que os jornalistas exerçam sua aptidão de escritores”, disse Werkema. “Com suas histórias de vida, vivências e observações, muito próprias da profissão, os jornalistas, em especial os aposentados, estão convidados a produzir estes gêneros literários, o conto e a crônica, que permitem de maneira mais livre e ampla relatar ricas experiências. E exercitar talentos literários.”
Diretor de Aposentados do SJPMG e idealizador e coordenador do projeto, Ivan Drummond observa que nos últimos anos, muitos cronistas saíram dos jornais, aposentaram, e as crônicas perderam o espaço que tinham.
“O público sente falta das crônicas saborosas que fizeram a fama de tantos jornalistas”, disse, citando mestres como Roberto Drummond, Wander Piroli, Plínio Barreto e Márcio Rubens Prado e Celius Aulicus, já falecidos.
A nova seção Pra não dizer que não falei de crônicas está no alto da primeira página do Jornalistas de Minas, do lado direito.
Boa leitura!
[1/9/20]