E estão mais cansados, inseguros e preocupados.
Aumento das jornadas de trabalho e intensificação da atividade laboral, com uso de equipamentos próprios e aumento de custos, são algumas características do trabalho dos comunicadores durante a pandemia, segundo artigo publicado pela Revista Jurídica Trabalho e Desenvolvimento Humano.
As conclusões são tiradas da pesquisa Como trabalham os comunicadores na pandemia da covid-19? , realizada via plataforma do Google, no período de 5 a 30 de abril. Os autores do artigo são pesquisadores das universidades públicas USP, UEMG, UFCE e UTFPR.
O questionário obteve 557 respondentes comunicadores de todo o país, em diferentes atividades laborais. Intensificação do uso das plataformas e aplicativos no processo produtivo, para a organização, controle da gestão do trabalho, da rotina produtiva e, sobretudo, do fluxo de informação, foi outra conclusão da pesquisa.
Segundo o artigo, as empresas, em geral, adotaram o home office e, quando a atividade não permite o distanciamento, criaram turnos mistos, presencial e a distância. A adoção de EPI se apresenta como um complicador da relação trabalhador-empresa-público. No home office, os comunicadores precisam reorganizar o espaço doméstico e o acompanhamento dos filhos.
Os profissionais se sentem mais cansados, inseguros com o futuro, temem o contágio, pela vida dos familiares, a situação de colapso do sistema de saúde, mas preocupam-se com o trabalho: perder o emprego, ter redução de salário, perder contratos etc. são preocupações que atormentam e tornam as jornadas mais estressantes.
Mesmo com todos esses problemas, há grande engajamento para a realização do trabalho.
Publicado pela Revista Jurídica Trabalho e Desenvolvimento Humano
[6/7/20]