Seminário discute ondas feministas e desafios políticos no século XXI

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O Movimento Quem Ama Não Mata (QANM), dando prosseguimento às suas atividades político-culturais contra toda forma de violência à mulher, realiza o seminário Leituras & Ações Feministas, uma (re)aproximação das ideias, reivindicações e ações do feminismo desde o século XIX, até os dias de hoje. A abertura do seminário será no 20 de maio, segunda-feira, às 19h, no Teatro da Cidade, com a palestra As ondas do feminismo, da pesquisadora e cientista política da UFMG Marlise Matos, com entrada gratuita.

Doutora em sociologia, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem) e do Centro do Interesse Feminista e de Gênero (CIFG) da UFMG, Marlise Matos vai abordar as diversas teorias feministas e os desafios para o enfrentamento das questões de gênero, diante de um eminente desmonte de conquistas históricas dos direitos humanos.

Luta política

“A indignação com a situação da mulher na sociedade, principalmente com relação ao feminicídio, é um primeiro passo”, afirma a jornalista Mirian Chrystus, coordenadora do QANM. “Mas o passo seguinte deveria ser a compreensão do fenômeno, por que acontece”. Para ela, a situação de desigualdade social e econômica da mulher na sociedade patriarcal e violenta explica muito do que acontece. E é contra esta situação de inferioridade que o feminismo se insurge no século XIX, com as sufragistas reivindicando o direito ao voto e ao acesso à educação.

Desde então, explica Mirian, o feminismo vem reivindicando sucessivamente políticas públicas de segurança e de saúde e, nos últimos tempos, chamados de quarta onda, a luta é por respeito às diferenças de sexo, raça e cor — as denominadas lutas identitárias, o feminismo negro, indígena, cristão e outros. É a chamada transversalidade do movimento, que une questões do feminismo interseccional, ou seja, de raça, de credo e de classe.

“Temos hoje vários feminismos”, completa a coordenadora, que enfatiza a importância do seminário em um momento político no qual a temática é “desaconselhada” por integrantes do atual governo. “A luta das mulheres sempre foi política e será cada vez mais, não há como evitar, as coisas sempre estiveram entrelaçadas. Por isso, mais do nunca, urge refletirmos sobre as questões de gênero no país”, conclui a ativista feminista do QANM.

O QANM é um movimento mineiro que surgiu em 1980, de um ato público no adro da Igreja São José, em Belo Horizonte, o qual resultou na criação do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher. Foi reeditado em agosto de 2018, com outro ato político, na Praça Afonso Arinos, região central da capital, em decorrência do aumento de feminicídio no estado e, desde então, vem ganhando, novamente, repercussão local e nacional, com exposições, aulas, mostras, poesias feministas, teatro, seminários, grupos de estudo e atividades político-culturais.

SERVIÇO

‘As ondas do feminismo’, palestra da cientista política Marlise Matos

Data: 20/5/19

Horário: 19h

Local: Teatro da Cidade (Rua da Bahia, 1341, Centro)

Contato: 9-9731-2223

Facebook: Quem Ama Não Mata

Instagram: quem.ama.não.mata

Ingresso: gratuito, sujeito à lotação de espaço, pelo Sympla.

(Divulgado pelo movimento Quem Ama Não Mata.)

 

#LutaJornalista

#SindicalizaJornalista

[13/5/19]

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