Jornalista vai formar bateria carnavalesca em acampamentos do MST

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O MST não respira só política e luta agrária. A arte também é uma ferramenta de formação, organização e mobilização nos acampamentos e assentamentos do movimento. Tudo respira música, teatro, dança e outras formas de expressão cultural.

E agora o movimento terá também sua própria bateria carnavalesca. O projeto foi desenvolvido em parceria com o jornalista Gustavo Caetano, coordenador e um dos fundadores do bloco Unidos do Samba do Queixinho, que tem uma das maiores e melhores baterias da capital mineira, no estilo das tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, fonte de inspiração e pesquisa.

De acordo com Guê Oliveira, militante do MST, “a intenção é fazer uma interface entre arte e política no processo de formação de crianças, jovens, adolescentes, mulheres e todos os sujeitos do processo de reforma agrária. “A arte é revolucionária”, destaca Guê.

De acordo com Gustavo, que dará aulas voluntariamente uma vez por semana nos acampamentos Pátria Livre e Zequinha, em São Joaquim de Bicas, e Maria da Conceição, em Itatiaiuçu, na RMBH, a bateria precisa de roçar, ganzá, tamborim, repinique, caixa, surdos, afinadores, baquetas e talabartes.

“A intenção é usar a música para levantar a autoestima e integrar crianças, jovens e adultos dos acampamentos. Para isso, nada melhor que a música”, afirma Gustavo. Segundo ele, alguns instrumentos foram doados por integrantes dos blocos de carnaval da capital mineira e até mesmo de São Paulo.

A intenção é que a bateria já esteja afinada para o carnaval de 2019 e para participar das ações do movimento.

Gustavo conta que já começou a reunir interessados em participar da bateria e que durante uma dessas conversas em um dos acampamentos uma adolescente perguntou se ele também não podia dar aulas de violão. “Infelizmente não sei tocar violão, senão ensinava. Mas se alguém quiser somar com a gente e ensinar será maravilhoso.”

Os três acampamentos estão localizados em terras improdutivas da mineradora MMX, do milionário Eike Batista, e reúne 850 famílias. As do Pátria Livre e Zequinha fazem parte dos atingidos pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, que contaminou o rio Paraopeba, que era usado como forma de sustento e lazer para os acampados ser contaminado.

Doações

Quem quiser doar equipamentos pode entrar em contato com Gustavo pelo telefone (31) 9-8763-1354. Os instrumentos podem ser deixados na Casa do Jornalista. Também são aceitas doações em dinheiro. Os depósitos devem ser feitos na seguinte conta: Banco Itaú, Ag. 4071, conta corrente 03282-7, CPF 036612336-02, Helena Pawlow de Paula. Favor enviar comprovante pelo zap. Quem tiver alguma dúvida ou quiser contribuir de alguma maneira pode mandar mensagens.

 

#LutaJornalista

#SindicalizaJornalista

[30/5/19]

 

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