A Folha de S.Paulo publicou hoje, como manchete, a excelente reportagem “Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp”, da jornalista Patrícia Campos Mello, expondo como a campanha do candidato Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência está sendo beneficiada por um esquema ilegal de impulsão de mensagens por rede social. Relevante, bem apurada, equilibrada, ouvindo os lados envolvidos, a reportagem é um exemplo de bom jornalismo em uma campanha eleitoral dominada por fake news.
Nas horas seguintes, porém, a jornalista viu-se atingida por centenas de xingamentos, agressões verbais e até ameaças vindas por rede social de apoiadores do candidato do PSL. Avessos ao debate e à crítica pública, essenciais numa sociedade democrática, os agressores querem sufocar a liberdade de imprensa e calar qualquer voz que levante questionamentos dirigidos a seu candidato. É a própria democracia que está sendo atingida quando a repórter é atacada.
Patrícia Campos Mello é uma jornalista experiente, com uma importante trajetória em vários veículos de imprensa e uma carreira premiada no Brasil e no exterior. A tentativa de intimidá-la, de barrar o seu trabalho, é um atentado contra o jornalismo e contra todos os jornalistas.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam as agressões e ameaças contra a jornalista Patrícia Campos Mello, manifestaram sua solidariedade à profissional e colocaram-se à sua disposição para tomar todas as medidas necessárias para defendê-la e para responsabilizar os autores desses atos de vilania.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Federação Nacional dos Jornalistas
#LutaJornalismo
#SindicalizaJornalista
[19/10/18]