Os jornalistas e radialistas da Rádio Inconfidência e da Rede Minas decidiram em assembleia nesta quarta-feira 11/10 manter a paralisação até a próxima segunda-feira 16/10, quando haverá uma mediação no Ministério do Trabalho.
A mobilização deu mais um resultado: o governo antecipou para hoje às 15h a reunião de negociação que estava marcada também para segunda-feira e informou que apresentará uma proposta. Participarão da reunião representantes da Seplag, da Rede Minas, da Rádio Inconfidência e dos três sindicatos – jornalistas, radialistas e servidores públicos.
A assembleia aprovou praticamente por unanimidade a continuação da greve. O sentimento dos trabalhadores é que não é possível voltar ao trabalho confiando em promessas vagas. Depois de três anos de enrolação, jornalistas e radialistas querem propostas concretas para suas principais reivindicações: a redução da carga horária na Rede Minas e a recomposição dos salários da Rádio Inconfidência.
Os radialistas e jornalistas da Inconfidência exigem também o abono previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que não foi pago.
A presidenta do Sindicato, Alessandra Mello, informou que as direções das duas emissoras pediram que fosse enviada a pauta de reivindicações por escrito, o que foi feito, e que representantes do governo acenaram com novas promessas. “Mas, de concreto, não temos nada”, esclareceu.
A adesão à greve é ampla e crescente. “Nunca tivemos tenta adesão a um movimento como desta vez”, disse a jornalista da Rede Minas e diretora do Sindicato Brenda Marques.
A Inconfidência suspendeu toda a programação ao vivo e está praticamente vazia. A Rede Minas mantém programação mínima produzida por alguns comissionados e estagiários. Programas como Minas em Rede não estão indo ao ar.
A assembleia reafirmou a importância da união dos jornalistas, radialistas e servidores públicos, dos celetistas e estatutários, para o sucesso do movimento.
(Crédito da foto: Alberto Seixas Costa.)
[11/10/17]