No dia 27 de julho faz dez anos que o Diário da Tarde deixou de circular. Para marcar a data, os jornalistas do extinto jornal vão se encontrar na próxima sexta-feira 26/5 no bar Quintal do Prado (Rua Turfa, 821), a partir das 20h.
Os ex-colegas mantêm contato pelo Facebook, no grupo fechado Amigos do Diário da Tarde DT, por iniciativa do repórter Ruy Marcos Almeida, e promovem encontros anuais. O primeiro deles aconteceu no dia 15 de março de 2014 e foi organizado por Maria Cláudia Barreto, Fátima Oliveira e Luciana Sampaio Moreira, além do próprio Ruy.
“Foi emocionante”, resumiu a jornalista Hélia Ventura, ao escrever sobre o primeiro encontro. “O jornal não deixou somente seus jornalistas desempregados, uma lacuna na imprensa mineira e órfãos seus numerosos e fiéis leitores. Ficou também um legado de saudade entre os profissionais que lá trabalharam”, explicou.
Os encontros possibilitam que eles mantenham o espírito de grupo e as amizades que tinham na redação. Ao todo são 97 integrantes, entre repórteres, redatores, editores, diagramadores, fotógrafos e secretárias, hoje trabalhando em outros veículos, assessorias ou aposentados.
Veículo dos Diários Associados, o Diário da Tarde circulou durante 77 anos, de segunda a sábado, e tinha cobertura importante de esportes, cidade e polícia, além de outras editorias. Sua edição de segunda-feira, com o noticiário esportivo e a famosa página Bitoque, era aguardada pelos belo-horizontinos. Quando parou de circular, por decisão da diretoria da empresa, era o segundo em circulação na Região Metropolitana de Belo Horizonte, atrás apenas do Estado de Minas, e o de maior vendagem em bancas.
Na foto acima, de Ronaldo Lenoir, a capa da última edição do DT.
Pessoal;
Aprendi a ser repórter no DT.
Foi uma grande equipe e tinhamos um ambiente de trabalho alegre. Os encontros são a prova disso.
O DT foi, sem modéstia, o melhor jornal de BH e eu amo ter feito parte dessa história.
Obrigada pela matéria!
Obrigada, Carlos! O pessoal do grupo adorou a matéria. Nós, que trabalhamos no Diário da Tarde, não podemos deixar sua memória morrer.
Em 1930 Juscelino viu surgir em BH o Diário da Tarde dos diários associados. O sucesso foi tanto que dez anos depois na Prefeitura, o prefeito JK deu uma bela entrevista ao jornal mais famoso das tardes das Minas Gerais, Em 50 o Horto foi capa do jornal, e antes de Roberto que reinava era Cauby Peixoto e ante do Mineirão, Tostão jogou no estadio do Horto. O Diário da tarde estava no auge e nele havia excelência, pois tudo que publicava era referencia. Surge a expressão, o Pelé dos noticiários, pois o caçula do quinteto da seleção era Pele e o jornal mais vendido em Minas era o Diário da Tarde.Os enviados internacionais de todos os jornais amaram a publicação daquele jornal das Minas Gerais, pois Pelé fez uma bela reportagem para sua terra natal. Foi lindo demais ler pelos jornais a campanha do Brasil nos mundias de 58 e 62 e algo mais estava a caminho, pois surge um novo Santos em 66 e foi incrível o Cruzeiro ganhar o brasileiro de 66 e a libertadores de 76. O jornal fez 60 anos nos anos 90 e Pelé havia pendurado as chuteiras. Dados, imagens e vozes e ressoar de uma nova mídia com a velocidade de um lindo raio de luz. As informações via satélites vão dando cor e sabor a vida e das emoções vividas a dor de ver o jornal fazer 70 anos e o séc XX chega ao fim. Ate o rei Pelé envelhece e o jornal também envelheceu. E todos que foram ver Pelé acabaram vendo Dirceu. Era 30\7\2007 e nas bancas de revistas não havia mais espaço para o Diário da Tarde e o caçula Super foi tomando o seu lugar. O cronista relatou em detalhes a historia dos 50 anos da região da Lagoinha onde Tostão surgiu para o futebol. As jovens tardes sem jovem Guarda e sem Diário da Tarde são tão tristes. A rua Goias e as redações dos jornais não existe mais e nem tão pouco os carteiros com suas mochilas repletas de jornais, cartas e cartões postais, pois ate os jornais impressos agora se transformaram em jornais virtuais.
Obrigado equipe de profissionais muito capacitado, Deus abençoe a todos, Dida ex-técnico de futebol amador nos anos 80 e 90.