O Sindicato dos Jornalistas comunica e lamenta o falecimento da jornalista Maria Líbia Araújo Barbosa, ocorrido nesta terça-feira 7/3 em Arembepe, Bahia, onde morava há aproximadamente quatro anos. Maria Líbia tinha 57 anos e foi vítima de câncer. Seu corpo foi cremado na manhã desta quarta-feira 8/3.
Profissional respeitada e muito querida, Maria Líbia nasceu em Belo Horizonte no dia 7 de janeiro de 1960. Graduou-se em Comunicação Social Habilitação Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais em 1983 e fez mestrado em Comunicação na Universidade Federal do Rio de Janeiro, concluído em 2001. Era filiada ao Sindicato desde 1986.
Durante muitos anos Maria Líbia foi professora do curso de Jornalismo da PUC Minas, instituição na qual se aposentou. Além de professora, foi chefe do Departamento de Comunicação, coordenadora do curso de Jornalismo e subeditora do jornal Marco. Trabalhou também na TV Manchete, na Rede Globo e na Rádio Guarani. Foi ainda assessora de imprensa da Prefeitura de Belo Horizonte na gestão Célio de Castro. Como jornalista e professora, dedicou-se ao estudo da comunicação, do jornalismo, do telejornalismo e do ensino de jornalismo.
A jornalista Maria Clara Prates fala com emoção da amiga, cujas simplicidade, competência e alegria inspiravam profundo respeito, tornando-a uma unanimidade entre os colegas. “Mesmo com sua carreira de sucesso, ela permaneceu simples e amiga”, disse Maria Clara.
Filha de família pobre, Maria Líbia se esforçou muito para ser uma profissional vitoriosa. “Nada na vida dela foi fácil, tudo veio por mérito. Para estudar, ela trabalhou como vendedora das Edições Paulinas”, contou a amiga.
A capacidade de lutar de Maria Líbia também foi demonstrada na doença, derrotada durante um bom tempo, até a recidiva fulminante.
Abalada com a perda da amiga, Maria Clara Prates publicou em rede social o texto que, em homenagem, reproduzimos a seguir.
“Nunca tive qualquer constrangimento em dizer que amo dezenas de mulheres que passaram ou estão na minha vida. De uma família de matriarcas, aprendi que o amor nunca teve cor, sexo ou ideologia. Amo cada uma delas que marcaram minha vida. E ela? Era uma delas: a quem dediquei meu amor incondicional. Aprendi com ela a importância da discrição, mesmo que não pareça para muitos, a delicia do ócio e a importância fundamental do amor. Aquele amor que te faz andar descalço na praia, enfrentar o medo da água, andar de vestido de alcinha e de pés descalços. Aquele que diz que não trabalhar e viver com pouco é melhor que brilhar entre egos. Eu desfrutei deste deleite que ela vivia em Arembepe, não por acaso, uma vila fundada pelos hippies na década de 70. Andamos na praia baiana, ela com um seio apenas e eu exibindo meus quilos a mais. Fomos felizes. E mais. Ela me apresentou a maior delícia que experimentei na vida: moqueca de caju. A ela devo esse sabor inesquecível e aprendizados que começaram quando ainda éramos universitárias. Nunca me esqueci que, para financiar sua faculdade, ela trabalhava nas Edições Paulinas e usava meia de alta compressão para aguentar a jornada exaustiva. De noite contávamos com sua inteligência nas aulas da PUC. Uma realidade longe da minha, filha da classe média, o que não nos impedia de pegarmos o ônibus juntas sempre depois da 23h. Ela partiu no auge da sua felicidade e me deixou aqui chorando pela sua presença, tão forte e tão definitiva na minha vida. Sempre te amei amiga e sempre te disse isso. Confesso que vivi com você momentos inesquecíveis e que sempre te amei e te toquei, enquanto foi possível. A você, meu amor eterno!”
Na foto acima, Maria Líbia na praia de Arembepe, onde vivia.
[8/3/17]
Maria Libia era uma profissional especial e uma amiga colega da melhor qualidade.
Maria Clara,
a Líbia também marcou minha vida.
Foi uma das melhores referências que tive em minha formação profissional e uma das melhores pessoas com quem tive a benção de conviver.
“O Amor é o contrário da morte”. Por isso, todo o Bem e toda a gentileza generosamente distribuídos pela Líbia durante o tempo em que esteve conosco farão com que ela seja para sempre parte de nossas vidas.
Querida Mestra Líbia,
Respeito enorme e saudade imensa.
Minha queria Maria Clara faço das suas palavras as minhas Conheci Maria a pouco tempo, nada comparada a imensa caminhada que vocês tiveram juntas . Neste momento meu coração ❤️ chora e sente muito a sua partida!!!
Neste momento tenho muitas coisas a agradecer a está tão linda mulher, as histórias que vivemos juntas, a oportunidade que tive de cuidar de seus filhos ( cães e gatos) , as experiências de vida a mim relata com tanta grandiosidade e respeito, o amor e respeito que manifestava no fundo do seu ser a todas as criatituras, enfim são tantos agradecimentos a está grande amiga, que nem sei como finalizar tanto agradecimento
O céu hoje está em festa, com a chegada deste anjo com nome Maria Libia !!!!! Parabéns amiga pela linda caminhada entre nós
Minha querida sobrinha Maria Libia filha de minha mana primogênita Libia Maria Araújo Barbosa, desde novinha muito querida por todos os familiares pelo seu geito de ser, amorosa,carinhosa é muito Alegre!. Tudo que foi dito pelo Sindicado dos Jornalistas é Real, agradecemos a todos seus colegas , amigos e especialments sua mana e amiga inseparável Ana Cristina que esteve junto à ela sempre que possível até estes últimos momentos, beijos e minha bênção querida sobrinha com muito amor , tia Ângela!
Prima minha que tanto Amei…
Que Deus ti acolha na Eternidade minha prima querida!
“Não esta longe de nós, quem está próximo de Deus”
Marcello Araújo de Barbosa
Com tanto amor que escorreu das letras de Maria Clara Prates, chorei de novo pela passagem da nossa Maria Líbia. Foi tão cedo, e deixou tanto amor pra nós. obrigada pelo tempo que tive contigo, mas confesso que queria bem mais.
Patrícia Aranha
Maria…era assim que a chamava. Era assim que a a via: em sua simplicidade e grandeza. E quanta grandeza! Nos conhecemos quando tínhamos 15 anos na pequena cidade de Cordisburgo, onde eu nasci e ela morou por alguns anos. E desde então nossa amizade se firmou, estabeleceu. Foram muitos os risos, os medos, alegrias, tristezas, vitórias, compartilhados. A saudade também apareceu quando nossos caminhos tomaram direções diferentes, mas os sentimentos sempre estiveram presentes. Foi uma benção tê-la conhecido, fazer parte de sua história de vida, só tenho a agradecer. Nenhuma palavra será capaz de expressar meus sentimentos por sua perda. Maria…obrigada por ter existido e ter me dado o privilégio de ter recebido seus abraços, risos, puxões de orelhas, carinho e amor. Você jamais será esquecida.
Sorriso sempre aberto, voz calma, era a Líbia que conheci como assessora na PBH. Vc, Maria Clara, que a conhecia bem, em suas palavras fez o tempo voltar. Estamos carentes desses relacionamentos afetuosos em nossa rotina diária de trabalho. Mas somos privilegiados por ter convivido com pessoas como Líbia. Mesmo que o tempo e a distância digam não, vamos guardando esses amigos no coração. Um beijo carinhoso para vc Caia. Que sejamos sempre um pouco daqueles que se foram.