Eleições na Fenaj começam nesta terça-feira 19/7

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Começam nesta terça-feira 19/7 em todo o país as eleições da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Serão eleitos os novos integrantes da Diretoria, do Conselho Fiscal e da Comissão Nacional de Ética para o triênio 2016-2019. A votação vai até quinta 21. Todo jornalista em dia com o Sindicato pode votar. Clique aqui para conhecer os horários e locais de votação.

Dois integrantes da diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais participam das chapas em disputa: a vice-presidente Alessandra Mello é candidata a primeira vice-presidente da Chapa 2, “Hora de Reagir: Renovar a Fenaj em Defesa dos Jornalistas”; o diretor de Organização Administrativa Aloísio Morais é candidato ao Conselho de Ética pela Chapa 1, “Sou Fenaj – Em Defesa da Democracia, do Jornalismo e dos Jornalistas”. As eleições são avulsas, o que significa que é possível votar em uma chapa e em candidatos ao Conselho de Ética da outra chapa. Clique aqui e confira as chapas completas.

A seguir os depoimentos de Alessandra e Aloísio.

-Qual a importância dessa eleição?

Alessandra – O jornalismo nunca foi tão importante como nesse momento em que a gente vive, mas nunca esteve em uma encruzilhada tão grande como agora, em função das mudanças tecnológicas e da crise econômica, usada como desculpa para demitir e cortar direitos. Os salários estão cada dia mais baixos, as demissões rondam os jornalistas diuturnamente, a precarização do trabalho é cada dia maior, os problemas parecem não ter fim. Aqui em Minas, a gente mal consegue respirar um dia tranquilo de tanto problema que aparece, por isso precisamos de uma federação forte e combativa, que atue em sintonia com a categoria e com os sindicatos.

-Por que você faz parte da chapa de oposição?

Alessandra – Não me sinto representada pelo grupo que compõe a atual direção da Fenaj. Ele está lá há três décadas e muito pouco tem feito pela categoria. A gente só conhece a Fenaj por causa da carteirinha, por sinal cara e burocratizada. E de vez em quando por umas notas que ela solta no site, quase sempre atrasadas em relação aos fatos.

-O que a Chapa 2 propõe?

Alessandra – A nossa proposta é renovar. Mudar tudo na federação. Transformá-la em uma entidade ativa, de luta, sintonizada com as demandas de cada estado, engajada na briga pela regulamentação do diploma e na criação de um piso nacional e que aja como condutora de campanhas nacionais. A gente entende que a Fenaj tem o dever, está registrado até em seu estatuto, de atuar em conjunto com os sindicatos para ajudar nas nossas batalhas diárias, que são árduas. Mas nesse momento a principal luta é contra as demissões e a precarização do trabalho.

 

-Qual a importância dessa eleição?

Aloísio – Neste momento difícil da conjuntura política brasileira mais do que nunca é preciso que a Fenaj tenha uma diretoria combativa, para lutar pelos interesses dos jornalistas e também dos trabalhadores em geral e da sociedade. Acredito que a Zequinha (Maria José Braga, candidata a presidente pela Chapa 1), que é mineira de Patos de Minas, radicada em Goiânia há muito tempo, vai ter presença ativa à frente da Fenaj, inclusive por estar perto de Brasília, podendo dar continuidade à luta pelo diploma e outras.

-Por que você faz parte da chapa de situação?

Aloísio – Eu integro a atual diretoria da Fenaj, fui convidado a participar da Comissão da Comissão Nacional de Ética e aceitei. Participei da Comissão que atualizou o Código de Ética que está em vigor. Meu objetivo é dar a contribuição de Minas Gerais para esse trabalho muito importante.

-O que a Chapa 1 propõe?

Aloísio – A Chapa 1 vai dar continuidade à luta pela volta da obrigatoriedade do diploma em curso superior de Jornalismo para o exercício da profissão. Já demos um passo muito importante, que foi a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) no Senado, e agora ela está na gaveta do presidente da Câmara dos Deputados. Não foi votada ainda em consequência desse ano de turbulência política. Vamos lutar para que seja posta em votação o mais depressa possível.

Outra proposta da chapa é tornar a Fenaj mais próxima dos jornalistas e dos sindicatos, participar mais das lutas da categoria em todos os cantos do país e também das lutas mais gerais. Queremos melhorar a formação e a qualificação profissional, defendemos os direitos humanos, a liberdade de expressão, mais segurança para os jornalistas e a democratização dos meios de comunicação.

 

(15/7/16)

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