Rádio e TV: patrões emperram as negociações

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Desde o começo das negociações da Campanha Salarial 2015/2016, o Sindicato dos Jornalistas e o Sindicato dos Radialistas, que estão atuando de forma unificada, tiveram sete reuniões com os patrões. A primeira proposta patronal foi de reajuste de 5% e, depois de pressão, evoluiu para 5% retroativos a abril mais 2% em setembro, sem retroatividade. A partir daí, a proposta patronal estacionou, embora o Sindicato venha insistindo na negociação. Preocupado com as demissões que estão ocorrendo, o Sindicato admitiu aceitar o parcelamento desde que atingindo o INPC (8,42%) e com estabilidade até setembro. Os patrões rejeitaram.

Historicamente, a categoria nunca fechou negociação abaixo do INPC. Sempre foram conquistados pelo menos a reposição integral das perdas e o aumento real nos pisos salariais. Também nunca houve fracionamento da reposição. Isto significa uma segunda perda salarial, pois, até o pagamento, a inflação reduzirá mais o poder aquisitivo dos trabalhadores.

O argumento patronal tem sido a crise econômica. No entanto, os números indicam o contrário. Nos últimos anos as empresas jornalísticas faturaram como nunca. Exemplo disso são os valores recebidos pela Rede Globo do governo estadual, referentes a publicidades veiculadas em 2014. Só em janeiro deste ano foram mais de R$ 7 milhões e em março mais R$ 1 milhão, segundo o Portal da Transparência do governo do estado.

A próxima rodada de negociações está marcada para a próxima segunda-feira 29/6. As dificuldades nas negociações, decorrentes da intransigência dos patrões, exigem ampla mobilização da categoria, para conquistarmos ganho real em nossos salários.

 

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