O antropólogo Romeu Sabará vai lançar no dia 9 de junho, na Casa do Jornalista, o livro “O drama de um campesinato negro no Brasil: a Comunidade Negra dos Arturos”. A obra, segundo o autor, é o estudo de uma comunidade negra rural, semi-isolada, que emergiu como produto do escravismo decadente para a condição de proletariado urbano e se tornou guardiã do Congado, com seu Reinado de Negros e festas do Rosário.
Publicação da tese de mestrado do autor, defendida no USP, em 1997, com acréscimo extenso de atualizações, o livro põe na ordem do dia o modo de produção doméstica. “O meu enfoque é na terra, não é no congado”, esclarece o antropólogo, apontando a controvertida a relação entre os quilombos e a terra para negros, no Brasil.
Romeu Sabará “descobriu” a Comunidade Negra dos Arturos em 1969, no município de Contagem (MG), e durante quase três décadas acompanhou as mudanças pelas quais ela passou. Uma delas, que ocorreu na década de 1980, diz respeito à imprensa. Analisando jornais como o extinto Diário de Minas, o Estado de Minas e O Globo, entre outros, o pesquisador constatou a papel da mídia na construção da imagem da comunidade, que se transformou de “produtora de cultura afro-brasileira para si em produtora de bens culturais para o mercado de bens simbólicos”.
O antropólogo, que priorizou o estudo dos Arturos como campesinato negro em processo de proletarização, documentou um rito agrário que está quase extinto: a Festa de Primeira Capina do Milho, praticada pela comunidade de Contagem.
SERVIÇO:
Lançamento do livro “O drama de um campesinato negro no Brasil: a Comunidade Negra dos Arturos”, de Romeu Sabará
Data: 9/6/15, terça-feira
Horário: 19h
Local: Casa do Jornalista – Avenida Álvares Cabral, 400, Centro, Belo Horizonte
Caro primo Romeu Sabará, parabéns pela sua obra/estudos/pesquisas. Valioso trabalho. Gostaria muito de revê-lo. Agora a prima Nira passou-me esta sua informação. Estou sempre em BH e não consigo encontrá-lo. Irei até este endereço.
Novidade: Assaraí tem facebook.
Continuamos no Vale do Aço.
Saudoso abraço de sua prima Marilene F. Marques