O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais vem a público se solidarizar ao jornalista Leo Gomide, da Rádio Inconfidência, e repudiar a atitude do Clube Atlético Mineiro de vetar a entrada do profissional na Cidade do Galo. Trata-se de um evidente cerceamento ao exercício profissional do jornalista, à liberdade de imprensa e ao direito da sociedade se informar.
O Sindicato considera inadmissível a censura ao trabalho dos jornalistas, venha de quem vier, contra qualquer profissional de qualquer veículo, e exige que a decisão seja revista.
Não é a primeira vez que o trabalho de jornalistas é cerceado por cartolas dos clubes mineiros.
Dessa vez, a justificativa do clube para a censura é que o jornalista teria xingado o treinador Oswaldo de Oliveira, durante entrevista coletiva, após jogo do Atlético, na noite de quarta-feira 7/2. Essa acusação é no mínimo estranha. Imagens do canal Fox Sports de televisão mostram o oposto: o treinador xingando e tentando agredir o repórter.
Leo Gomide nega a acusação. Ele é um profissional respeitado e reconhecido pelo tratamento respeitoso que dispensa aos entrevistados, conforme salientou o jornalista José Augusto Toscano, diretor do Sindicato e superior hierárquico do repórter na Inconfidência.
Toscano ressalta que Leo Gomide estava desempenhando seu papel de repórter, ao entrevistar o treinador do Atlético. A decisão do Atlético configura censura à imprensa, com a qual a Rádio Inconfidência não compactua. Ele lamenta a atitude precipitada do diretor Alexandre Galo, divulgada pela TV Galo. E informa que o repórter continuará sendo escalado para cobrir o Clube Atlético Mineiro.
É também inaceitável e antiético o diretor Alexandre Gallo se valer do suposto depoimento de outro jornalista, de outro veículo, para justificar sua atitude, uma vez que a informação foi ampla e enfaticamente negada por colegas de Leo Gomide.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais
[8/2/18]