Coronelismo midiático: Brasil é campeão em falta de pluralidade nos meios de comunicação

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Estudo dos Repórteres Sem Fronteiras confirma alta concentração em mãos de poucas famílias e oligopólio da Globo como ameaça à democracia.

O Brasil apresenta os piores indicadores para a pluralidade na mídia entre 12 países em desenvolvimento analisados pelo Monitor de Propriedade de Mídia (MOM, na sigla em inglês), uma iniciativa dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) com coordenação em nosso país do Intervozes, entidade da sociedade civil que atua em defesa do direito à comunicação. O estudo mostrou que o ex-presidente Lula está absolutamente correto quando diz que a mídia brasileira está nas mãos de meia dúzia de famílias, verdadeiros coronéis midiáticos.

“Entre os 12 países analisados até agora pela pesquisa, o Brasil foi o que apresentou o maior número de indicadores de alto risco para a liberdade de expressão, principalmente com base no grau de concentração da mídia”, afirma Emmanuel Columbié, diretor da Repórteres Sem Fronteiras na América Latina. Segundo a organização, essa falta de pluralidade traz graves consequências à circulação de ideias, à diversidade e à democracia.

Na televisão, a mídia mais consumida pelos brasileiros, as quatro principais redes (Globo, SBT, Record e Band) somam 71,1% de toda a audiência do país. Na mídia impressa, o grau de concentração também foi considerado de alto risco para a pluralidade de ideias, com 50% da audiência concentradas nos quatro principais grupos: Globo, Folha, RBS (que edita dois dos jornais de maior tiragem no país, a Zero Hora e o Diário Catarinense) e Sada (que edita publicações como o jornal Super Notícias, de Minas Gerais).

(Clique aqui para ler a matéria completa.)

[6/2/18]

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