Demissões em massa no portal R7 vão a julgamento em SP

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O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2-SP) vai julgar a demissão em massa de 38 jornalistas do portal R7 em audiência nesta terça-feira (19/12), às 15h30, no centro da capital paulista. O julgamento é resultado de uma liminar suscitada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), na qual a entidade reivindica a reintegração dos demitidos desde o último dia 1º de dezembro.

O pedido de reintegração será analisado na audiência, mas na liminar, o desembargador Carlos Roberto Husek, vice-presidente do TRT2-SP, proibiu a Rede Record de fazer novas demissões até o julgamento, sob pena de multa diária de R$ 15 mil por jornalista dispensado.

Em represália à greve realizada pelos profissionais no último dia 30, contra a mudança arbitrária da escala de plantão de final de semana imposta pela Rede Record, a direção da empresa demitiu 20 jornalistas na tarde da última sexta-feira (15) e outros profissionais já haviam sido demitidos desde 1º de dezembro por conta da paralisação das atividades.

O movimento grevista foi espontâneo e iniciado pelos jornalistas em 30 de novembro, quando os trabalhadores e trabalhadoras receberam um e-mail da empresa informando que, a partir de janeiro, a escala de plantão vai mudar de 3 x 1, ou seja, de um final de semana trabalhado para três de folga, para 2 x 1, com dois fins de semana de trabalho e somente um de descanso. A mudança, arbitrária, sem diálogo prévio com os profissionais e nem com o Sindicato, gerou revolta e a decisão de paralisar as atividades e, por isso, a alteração também será avaliada pelo TRT2-SP.

Para a direção do SJSP, com a demissão em massa a Record traiu o compromisso firmado com seus jornalistas, que era o de dialogar sobre a escala de plantão, e já na sexta-feira (15) o Sindicato tomou as medidas judiciais cabíveis contra a dispensa dos profissionais. No mesmo dia, os jornalistas demitidos do portal também divulgaram uma carta no saite do SJSP relatando o caso.

Como se não bastassem a arbitrariedade da mudança, a truculência e perseguição aos grevistas com a demissão coletiva, em nenhum momento a Record sequer apresentou contrapartidas à alteração da escala, numa postura intransigente e de desrespeito aos jornalistas, criticam os dirigentes do Sindicato.

(Escrito por Flaviana Serafim. Publicado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.)

[19/12/17]

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