Ao 79, morre Sérgio Prates, um dos pioneiros da TV em Minas

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Sérgio Prates
Sérgio Prates foi um dos pioneiros da TV em Minas

Mais um pedaço da história da imprensa mineira, principalmente da nossa televisão, em especial da TV Itacolomi, se foi nesta quarta-feira, 29. Morreu o jornalista Sérgio Prates, ex-locutor e chefe de reportagem da emissora. Ele tinha 79 anos e morreu vítima de câncer. Seu velório e sepultamento ocorreram hoje pela manhã, no cemitério Parque da Colina.

Sérgio era filho de dois atores, Vicente Prates e Leia Delba. Com eles e seu irmão Clóvis Prates, foi para o teatro. Integrou o grupo infantil Arlequim.

A TV Itacolomi foi inaugurada em 1955 e o teatro era uma das atrações, tanto para o público infantil, como para o adulto. Durante a semana, para o público adulto, havia o “Grande Teatro Lourdes”, que levava esse nome por ser patrocinado pela extinta Perfumaria Lourdes. As peças infantis eram encenadas aos sábados e domingos. E lá estavam Sérgio e o irmão Clóvis.

Com o passar do tempo, Sérgio toma o caminho do jornalismo. Torna-se locutor e apresentador de telejornais. Além da televisão, trabalhava como locutor de rádio, na Guarani, Inconfidência e, mais tarde, Globo.

E de apresentador de jornal televisivo, tornou-se chefe de reportagem da TV Itacolomi, comandando uma equipe que tinha, entre outros, Felippe Drummond, Luiz Fernando Perez, Odail Fraga, Juquinha e Paulo Henrique; e os cinegrafistas Jessido Freire, Mauro Homem e Antonimar Carias de Miranda.

Ficou muitos anos no cargo, até o fechamento da TV Itacolomi, em 1979. Daí, retornou à Rádio Inconfidência, indo em seguida para Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), onde foi o chefe da Assessoria de Imprensa e editor da Revista “Vida Industrial”.

Trabalhou, também, em jornais, tendo sido editor de economia da Tribuna de Minas. Nos últimos anos, Sérgio Prates se dedicou a escrever uma crônica que era publicada no jornal Edição do Brasil. Era casado com Magda e deixa dois filhos, Ana Elise e Ricardo.

Seus amigos deixaram depoimentos:

“Por coincidência, Sérgio Prates trabalhou comigo e com meu pai. Com Felippe Drummond, foi na TV Itacolomi. Era uma boa dupla, que não perdia notícia. Já comigo, eu era o diagramador das publicações da Fiemg e ele, o editor. Tinha um carinho especial, principalmente porque meu pai já havia falecido. Procurava, sempre, dar conselhos e estava sempre disposto a ajudar.” (Ivan Drummond)

“E lá se foi mais um dos nossos colegas jornalistas da velha guarda. Fica a saudade de uma pessoa com grande dedicação à profissão e que tinha no sangue o gene da comunicação. Filho de profissionais que ajudaram a erguer o império dos Diários Associados, em especial a TV Itacolomi, em Belo Horizonte, Sérgio deu continuidade ao trabalho dos pais junto com o irmão Clóvis Prates, tornando-se um comunicador multifacetado, transitando entre rádios, TVs, impressos, inclusive a escrita de livros, assessorias e até mesmo nas artes teatrais. Vá em paz, meu amigo!” (Vilma Fazito)

“Convivi com o Sérgio, em ambiente familiar, por mais de 40 anos. Pessoa alegre, de bem com a vida. Não merecia continuar entre nós em sofrimento permanente. Que descanse em paz!” (Eduardo Campos)

“Sérgio foi meu chefe na rádio Inconfidência, no início da minha carreira como jornalista. Sorriso largo, sempre de bom-humor, era muito querido entre os colegas da redação. Triste perda. Solidariedade aos familiares e amigos.” (Ricardo Campos)

“Sérgio Prates foi meu companheiro e depois chefe na extinta TV Itacolomi. Meu amigo de muitos anos, conversávamos sempre nas redes sociais. Fez questão de, mesmo convalescendo de uma das várias operações, me prestigiar no meu show no teatro Unimed do Minas T C. Era um sujeito bacana e me deu muita força em ocasiões difíceis. Deixo aqui meu abraço fraternal a toda família Prates, especialmente nos filhos e na doce Magda, sua esposa. Descanse em paz, Serjão!” (Fernando Ângelo)

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