Em 2022, assassinatos de jornalistas aumentam 50% no mundo

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Unesco aponta que um jornalista foi morto a cada quatro dias em 2022. Dados reforçam a falta de espaços seguros para os jornalistas, para além do campo profissional

Madson Euler
Repórter da Rádio Nacional – São Luís

Um jornalista ou profissional de mídia foi assassinado a cada quatro dias em todo mundo, em 2022, segundo a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura). Foram 86 profissionais mortos em todo o mundo no ano passado, um aumento em torno de 50% em relação ao ano de 2021.

Segundo o Observatório de Jornalistas Assassinados da Unesco, foram registrados em média 58 assassinatos por ano entre 2019 e 2021. Em relação ao ano de 2022, mais de 50% dos crimes ocorreram em países da América Latina e Caribe.

No Brasil foram três casos: o cearense Givanildo Oliveira, assassinado em Fortaleza (Ceará) em fevereiro; o inglês radicado no Brasil, Dom Philips, morto na Amazônia em junho passado; e o empresário e dono de jornal Luiz Carlos Gomes em Italva (Rio de Janeiro) em agosto.

O chefe da área de Liberdade de Expressão e Segurança de Jornalistas da Unesco, Guilherme Canela, chama atenção para o cenário em que as mortes ocorreram.

Além dos assassinatos, desaparecimentos forçados, sequestros, detenções arbitrárias, assédio e violência digital, principalmente contra mulheres, estão entre os crimes praticados contra os profissionais do setor de mídia e comunicação.

Para Canela, esses dados só reforçam a falta de espaços seguros para os jornalistas, para além do campo profissional.

Em 2018, a Unesco lançou a plataforma “Observatório de Jornalistas Assassinados”, com o objetivo de listar as medidas tomadas para punir crimes cometidos contra profissionais da imprensa e coibir a impunidade, tendo como base as informações fornecidas pelo país no qual a morte foi cometida.

Edição: Sâmia Mendes/Edgard Matsuki

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