O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) terá uma nova diretoria a partir do próximo dia 15 de junho. Com 99% dos votos válidos, a Chapa “Resistência, jornalista” foi eleita em votação encerrada nesta sexta-feira, 12 de maio, para representar e lutar pelos interesses da categoria no Estado.
A nova presidenta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), Lina Rocha, vai comandar a entidade no próximo triênio, tendo, como vice, o jornalista Eduardo Motta. Quarta mulher a presidir o SJPMG desde a sua fundação há 77 anos, ela vai suceder a jornalista Alessandra Mello, que lidera a entidade desde 2017.
A carta-programa da chapa destacou que o nome Resistência é uma referência ao que significa ser jornalista na atualidade, uma categoria atingida em cheio pelas ‘contrarreformas’ Trabalhista (2017) e da Previdência (2019).
Na carta aos associados, os candidatos à diretoria destacaram que “nossos vínculos empregatícios estão cada vez mais fragilizados e as condições de trabalho mais precarizadas. Resistimos às violências físicas e verbais frutos do bolsonarismo; aos ataques à liberdade de expressão; às notícias falsas. Resistimos e mantivemos vivos nossa luta e nosso sindicato em tempos de pandemia!
Seguimos resistindo, com vontade para reerguer nosso Sindicato e nossa profissão, agora numa conjuntura mais favorável, mas, ainda assim, repleta de desafios, assinalou a carta. .
Posse agendada
A nova diretoria toma posse no dia 15 de junho em cerimônia que será realizada na Casa de Jornalista.
A nova diretoria é formada por profissionais com experiências em espaços de trabalho diversos, que também vivenciam o cotidiano de ameaças e de perdas de direitos que, não só nossa categoria, mas toda a classe trabalhadora, tem enfrentado.
Parte da composição da chapa vem da gestão atual do Sindicato, apostando na continuidade das ações realizadas e na experiência da militância sindical. As novas figuras que se juntam à chapa oxigenam o grupo, com novas ideias e muita vontade.
As lutas prioritárias
Confira abaixo as principais propostas de ação da futura diretoria dos Jornalistas de Minas
Agenda política nacional e estadual
– Defender a PEC do Diploma
– Denunciar e enfrentar os ataques do governo Zema às empresas que representam a comunicação pública em Minas (Rádio Inconfidência e TV Minas)
– Combater as fake news/desinformação
– Realizar campanhas para denunciar e enfrentar a violência contra jornalistas
– Aproximar ainda mais o Sindicato da Fenaj e de movimentos em defesa da comunicação pública e da democratização da comunicação
– Ampliar a inserção do Sindicato e dar visibilidade a seus posicionamentos acerca de temas relacionados à profissão, ao mercado de trabalho, à situação das empresas de comunicação, tecnologias no jornalismo e na comunicação, novas mídias, entre outros.
– Estreitar ainda mais os laços com sindicatos de outras categorias e demais organizações do movimento sindical e popular, a fim de apoiar a reorganização da classe trabalhadora e a realização de fóruns e encontros que reúnam diferentes categorias.
Agenda trabalhista
– Negociar os acordos coletivos em prol dos interesses e direitos da categoria e promover campanhas de reajustes salariais
– Orientar sobre questões trabalhistas e organizar reuniões e mobilizações com a categoria
– Denunciar os abusos das empresas jornalísticas e outros empregadores
– Fazer estudo sobre ‘pejotização’, MEIs e outras formas precárias de contratação de jornalista
– Combater o assédio moral e sexual nas redações e em todos os ambientes de trabalho
– Combater também o racismo e a lgbtfobia e outras formas de preconceito nas redações, assessorias, agências e demais espaços de trabalho.
– Incentivar a organização dos jornalistas em assessorias e agências de comunicação para o encaminhamento das demandas específicas desse segmento.
Agenda de formação e qualificação:
– Promover cursos de qualificação para a categoria
– Realizar o Congresso Estadual do Jornalismo e ENJAC (suspensos pela pandemia)
– Retomar o Prêmio Délio Rocha
– Realizar agenda de formação política sobre temas como precarização do trabalho e impactos negativos das ‘contrarreformas’ (trabalhista, previdenciária, teto de gastos etc) na vida dos jornalistas, antirracismo, feminismo com uma perspectiva classista, lutas por moradia, reforma agrária e direitos LGBTQIA+, dentre outros.
Agenda do Sindicato e da Casa de Jornalistas:
– Ampliar o número de sindicalizações, para fortalecer a estrutura administrativa e financeira do sindicato
– Movimentar o espaço físico do sindicato com cursos, eventos e outras atividades
– Revitaliza o imóvel da Casa de Jornalistas, sede do Sindicato
– Fortalecer as articulações com as faculdades e cursos de Jornalismo
– Aproximar o Sindicato de jornalistas do interior do estado
A diretoria eleita
Presidenta – Lina Rocha
Vice-presidente – Eduardo Motta
Diretoria-Executiva
Rafael Werkema
Esley Antunes
Marcelo Freitas
Ivan Drummond
Iracema Amaral
Pablo Matta Machado
Paola Tavares Paes
Bruno Mateus
Breno de Araújo
Márcia Bueno
Alessandra Mello
Jayme Costa
Diretoria Setorial
Rogério Hilário
Maura Eustáquia
Diretoria Regional
Eloá Magalhães
Anderson Pereira
Letícia França
Piter Miranda
Conselheiros/as
Brenda Marques
Débora Junqueira
Carlos Plácido
Iraê Torido
Sandra Mara
Amélia Gomes