Resultado de uma reunião com representantes da categoria, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou a criação do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas. A iniciativavai possibilitar o monitoraramento de casos de ataques aos profissionais, ampliado durante todo o governo Bolsonaro e expandido com a posse de Lula, no início de 2023.
Com a medida, o ministério espera ter instrumentos para enfrentar a onda de violência contra os profissionais da imprensa em todo o Brasil. No encontro, que aconteceu na segunda-feira, 16, em Brasília, o titular da pasta se solidarizou com os jornalistas e colocou o ministério à disposição das entidades de classe.
Participaram da reunião Cristiane Silva Sampaio e Silvio Luiz Vasconcellos, diretores do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJPDF); Katia Brembatti, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji); e. Além deles, estiveram presentes o ; e o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar.
Interventor federal da Segurança Pública no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, que também é jornalista e secretário-executivo do ministério, assinalou, durante o encontro, que ataques ao Jornalismo são “sinais inequívocos” de que a democracia está em desgaste. “Foi muito importante prestar nosso apoio integral à atividade profissional e aos jornalistas, além de nos colocar à disposição para apurar todo tipo de violência sofrida pelos profissionais de Comunicação no Brasil”, disse o interventor.
Espaço para o diálogo
A presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, endossou a iniciativa, “de significado representativo”. Os trabalhadores podem comemorar. “Mostra que a gente sai de quatro anos sem nenhum diálogo com o governo federal, para um período em que temos a possibilidade de construir medidas concretas para garantir o livre exercício do Jornalismo no País”, observou Samira.
Na reunião, ela apresentou uma série de propostas da entidade ao ministério para o fortalecimento da profissão. Por sua vez, a presidente da Abraji considera que essa abertura é importante para que o governo reconheça que os ataques sofridos pelos jornalistas não são comuns: “É uma violência política e direcionada a uma categoria profissional”. Segundo Brembatti, a expectativa é que, a partir do compromisso do ministério, os casos de violência contra os profissionais da imprensa sejam investigados com rigor e que as perseguições diminuam.
Com informações: Google News