A pedido do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTbE) marcou para o dia 23 de fevereiro uma mediação para discutir o veto à entrada do jornalista Leo Gomide, da Rádio Inconfidência, na Cidade do Galo. O Sindicato quer que o Clube Atlético Mineiro explique o motivo da proibição. O Sindicato recebeu outras denúncias de cerceamento do trabalho dos jornalistas na cobertura do clube.
O Sindicato também entrou em contato com a Comissão de Liberdade de Expressão da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Minas Gerais (OAB-MG), que vai examinar as providências legais cabíveis.
O Sindicato entende que se trata de um caso de assédio e cerceamento ao direito ao trabalho e configura censura à imprensa.
O veto foi anunciado pelo diretor de Futebol Alexandre Galo depois que o repórter sofreu xingamentos e tentativa de agressão do então treinador do clube Oswaldo de Oliveira, durante entrevista coletiva, na quarta-feira 7/2. A justificativa foi que o repórter teria dito um palavrão contra o treinador.
Mesmo com a demissão de Oswaldo de Oliveira, ocorrida nesta sexta 9/2, o clube não voltou atrás na sua decisão. Em entrevista coletiva, o presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, disse que não sabe o que teria provocado a reação do treinador, mas mesmo assim se disse muito preocupado porque o repórter não se retratou.
Retratar-se de quê? O clube não apresentou prova nem testemunha do suposto palavrão dito pelo repórter; Leo Gomide nega. Inversamente, a impaciência, os xingamentos e a tentativa de agressão do treinador ao repórter da Inconfidência estão registrados em vídeo do canal de televisão Fox Sports.
A posição do Atlético é contraditória e inadmissível. Ao dispensar o treinador e não rever o veto ao repórter, o clube não reconhece seu erro e erra pela segunda vez, acusando e punindo arbitrariamente. Evidencia dessa forma que o episódio foi mero pretexto. Trata-se de uma decisão que visa a impedir o trabalho de um jornalista conhecido, em Minas e fora de Minas, pela qualidade do seu trabalho, que certamente incomoda os cartolas.
O comportamento do Atlético não é novidade entre os clubes mineiros, nem Leo Gomide foi o primeiro profissional proibido de entrar na Cidade do Galo. Recentemente, outro repórter de um jornal mineiro também sofreu o mesmo veto, mas o clube voltou atrás após intervenção da direção do veículo.
Esse comportamento vem gerando muita insatisfação dos jornalistas que cobrem o Atlético. Várias denúncias foram feitas ao Sindicato.
Há uma compreensão equivocada do papel da imprensa pelas direções dos clubes de futebol. O compromisso dos jornalistas é com os torcedores e com a sociedade, e não com os cartolas. Jornalista não é um “parceiro” do clube, é um profissional que trabalha cobrindo jogos, treinos e acontecimentos relativos aos times e ao futebol porque estes interessam ao público. O repórter apura notícias para informar o torcedor.
O direito ao trabalho do jornalista, que inclui o livre acesso às dependências dos clubes – no caso, do Clube Atlético Mineiro –, se confunde com o direito da sociedade ser informada. Ao vetar o repórter Leo Gomide, o Atlético ataca a liberdade de imprensa e afronta a Constituição. Não podemos – Sindicato, jornalistas, torcedores, sociedade – e não vamos aceitar isso.
[9/2/18]
Por favor, troquem o nome “Atlético” por “Diretoria do Atlético” já que a torcida do Galo apoia quase por unanimidade o Léo Gomide!
Um absurdo a atitude da diretoria do Atlético. Assisti a entrevista coletiva do Oswaldo de Oliveira que apelou e foi mal educado com o repórter da rádio Inconfidência. Oswaldo ficou visivelmente descontrolado com a pergunta do repórter. E a diretoria do Atlético está parecendo com os regimes ditatoriais .
Mandem o diretor do galo assistir o filme:Post . É sócele tirar a bunda da cadeira, descer na Av Olegário Maciel e entrar no Diamond Mall, o filme esta em cartaz no cinema bem próximo dele!