Imprensa de Lafaiete repudia desrespeito das polícias Militar e Civil

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Conselheiro Lafaiete conta com uma rede de comunicação das mais respeitadas de Minas Gerais. Há 60 anos, desde a instalação da primeira emissora de rádio da cidade, sempre houve a prestação de serviço de informação. Os jornais impressos seguem a mesma longevidade, adaptados à atualidade exigida, através de suas linhas editoriais. Temos na tendência comunicacional sites de notícias com grande abrangência regional e estadual, além de outras ferramentas comunicacionais. Os veículos de comunicação lafaietenses municiam não só a cidade polo, mas toda a região do Alto Paraopeba e da Vertentes, cobrindo uma grande área territorial e populacional.

Nossos profissionais são graduados, capacitados e habilitados através de renomadas universidades para o exercício digno de suas funções. Muitos deles são correspondentes de veículos da capital e outras cidades de maior porte. Outros pautam diariamente colegas de diversas regiões do nosso Estado e do país, já que a notícia é um produto universal e a mídia é democrática; como democráticas deveriam ser as atitudes daqueles que detêm cargos à frente de instituições tão sérias como as polícias Militar e Civil.

Diante desta situação é incompreensível para estes profissionais a atitude dos comandos da Polícia Militar e Civil no episódio ocorrido em Conselheiro no dia 2 de fevereiro de 2018 durante operação conjunta das duas corporações. Causou indignação a um grande número de jornalistas locais o fato de profissionais da capital, aparentemente, terem recebido informações privilegiadas de horário e local de início da operação, tendo oportunidade de estarem disponíveis para a cobertura in loco, enquanto os de Lafaiete só tomaram conhecimento da ação ao longo do dia devido à movimentação do helicóptero e cobrança do público por informação. Ainda assim, ao buscar informações, repórteres locais foram orientados para que aguardassem um balanço que seria feito ao final do dia. Porém, de forma surpreendente uma TV de Belo Horizonte exibiu no mesmo dia com o título de “exclusividade” todo o acompanhamento da operação, inclusive com entrevistas com os titulares das duas corporações, imagens dentro da delegacia (quase sempre vedado aos jornalistas lafaietenses) e com início dos trabalhos às 6h da manhã.

Diante do episódio repudiamos todo e qualquer tipo de discriminação e protecionismo, seja ele por interesse de maior visibilidade pessoal ou desconhecimento do potencial profissional local.

Reiteramos que os jornalistas devem ser respeitados no exercício da profissão como reza a legislação federal, e prezamos pela defesa da liberdade de expressão em todas as suas formas.

(Publicado em Fato Real, portal de notícias de Lafaiete e região, em 9/2/18.)

[15/2/18]

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