Os trabalhadores brasileiros vão dar mais uma demonstração clara de que não aceitam a reforma da Previdência proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer. No próximo dia 19, vão ocorrer greves, paralisações e outras manifestações contra o desmonte da Previdência pública e o aprofundamento do Estado de Exceção.
Neste dia, a proposta de reforma da Previdência pode ser colocada em votação no plenário da Câmara dos Deputados. Pela agenda do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, a discussão da PEC da Previdência começa assim que os parlamentares voltarem do recesso, no dia 5, para ser votado em plenário no dia 19.
Mas, assim como fez no ano passado, a classe trabalhadora vai impedir a votação da proposta que na prática significa o fim da aposentadoria para milhões de brasileiros. A CUT e outras centrais sindicais estão orientando suas entidades filiadas a intensificarem a mobilização contra a reforma da Previdência.
De acordo com a orientação da CUT, impedir a aprovação da reforma da Previdência é o principal desafio do momento para a classe trabalhadora. E para isso, é preciso paralisar os locais de trabalho, fazer atos e manifestações, ocupando ruas e praças, e pressionar os parlamentares em suas bases eleitorais.
Confira as orientações:
Dia Nacional de Lutas: greve, paralisações e manifestações
Realizar Assembleias em todos os sindicatos filiados para debater a reforma e organizar greves, paralisações e manifestações.
Realizar Plenária das CUTs Estaduais para debater com os sindicatos a organização do Dia Nacional de lutas e paralisações no Estado e também a articulação da CUT e dos nossos sindicatos com as Centrais e os movimentos populares através das Frentes.
Propor uma reunião o mais urgente possível com as Centrais nos Estados para debater as atividades no Estado.
Realizar reuniões com categorias estratégicas em cada Estado para organizar greves, paralisações e manifestações.
Os ramos devem orientar os sindicatos e federações nos Estados para organizar as paralisações e manifestações.
Fazer panfletagem e assembleias nos locais de trabalho.
Criar comitês nos municípios, envolvendo todas as categorias organizadas e sindicatos de todas as Centrais Sindicais para planejar as ações locais.
Panfletar os bairros de maior concentração de trabalhadores/as e as áreas de maior circulação de pessoas na cidade.
Buscar apoio das pastorais, das associações de bairro, dos movimentos populares.
Utilizar as redes de comunicação disponíveis para divulgar as greves, paralisações e manifestações, esclarecendo os/as trabalhadores/as, assim como a população, sobre a importância da luta. Divulgar os resultados da greve no município, na região, no Estado e no País.
Utilizar carros de som das entidades para fazer a divulgação da luta nas periferias.
Utilizar rádios locais e comunitárias para ampliar o debate contra a reforma da Previdência e para divulgar as ações programadas para o dia 19/02.
Pressão sobre os parlamentares
Atos e panfletagem frente às residências dos parlamentares.
Panfletagem, colocação de outdoors nas áreas de maior movimentação das cidades onde os parlamentares obtiveram maior votação.
Pressão sobre os cabos eleitorais dos parlamentares.
Articulação com associações comunitárias, movimentos estudantis e populares para a realização de manifestações locais.
Recepção nos aeroportos.
Envio de mensagens para os gabinetes (usar o saite Na Pressão).
(Publicado no saite da Fenaj. Com informações da CUT. Crédito da foto: Francisco Proner Ramos.)
[6/2/18]