MST e Sindieletro desocupam prédio da Cemig depois de conquistar avanços em negociações

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Depois de três dias de ocupação do edifício sede da Cemig pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com a solidariedade do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro), os manifestantes obtiveram do governo do estado o compromisso de negociar suas reivindicações. O Sindieletro, que está em campanha salarial, reivindica que a Cemig não adote a nova legislação trabalhista no acordo coletivo.

“O saldo da ocupação foi positivo”, avaliou o coordenador geral do Sindieletro, Jefferson Silva. “Não conseguimos atingir nosso objetivo por completo, mas avançamos na pauta e conseguimos transferir a responsabilidade da negociação para o governo”, disse, explicando que a direção da Cemig vinha colocando empecilhos à negociação, que agora terá participação do governador Fernando Pimentel.

Para Jefferson Silva, se cada sindicato, na sua campanha salarial, conseguir impedir a adoção das mudanças na legislação trabalhista, no futuro os trabalhadores poderão lutar para revogar a reforma que entra em vior neste sábado 11/11.

Ele disse também que a participação do MST na ocupação foi fundamental para o avanço da negociação. Em junho deste ano, o MST e o Sindieletro foram fundamentais também para o êxito da ocupação do “predinho” do Hoje em Dia pelos jornalistas dispensados pelo jornal em 2016, que exigiam pagamento da rescisão e dos salários.

O MST ocupou a sede da Cemig com cerca de 500 pessoas, na quarta-feira 8/11, reivindicando o cumprimento pela estatal e pelo governo de uma série de compromissos, como ligações de energia em assentamentos no estado.

A ocupação foi encerrada nesta sexta pela manhã, quando os manifestantes se dirigiram para a Praça da Estação, para participar do dia de protestos contra as reformas trabalhista e previdenciária do governo golpista.

(Crédito da foto: Marcelo Prates.)

[10/11/17]

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