8M: Jornalista, participe da campanha Flores no Cárcere, com doações para mulheres em privação de liberdade

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Saiba mais pelo Facebook da campanha: https://www.facebook.com/campanhafloresnocarcere

No mês do Dia Internacional da Mulher, o Sindicato das Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) aderiu à campanha Flores no Cárcere, que recolhe desde 2014 doações de produtos de higiene pessoal e roupa íntima para mulheres em situação de privação de liberdade. A iniciativa de adesão integra o rol de atividades que o SJPMG está organizando para celebrar o 8 de março, que tem o mote Lute como uma Jornalista! A categoria está convidada a participar!

As doações podem ser entregues na sede do Sindicato (Avenida Álvares Cabral, 400, Centro/BH), de segunda a sexta, de 13h30 ás 18h. Quem preferir, também pode doar diretamente para a Associação de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade, dirigida pela dona Maria Teresa dos Santos, de 63 anos.

As doações serão entregues nos três presídios femininos da capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte.

No caso das doações em dinheiro, a entidade faz a prestação de contas para o doador de tudo que foi adquirido. Quem quiser juntar o material nas redações ou assessorias é só avisar, que o sindicato recolherá para a campanha.

O que doar

A campanha Flores no Cárcere arrecada sabonete, creme dental, escova de dente, xampu, condicionador, absorvente (não pode ser interno), desodorante em pasta e creme para o corpo.

Tudo deve ser de marca simples, caso contrário, corre o risco de ser desviado antes de chegar na mão mulheres em privação de liberdade, como conta dona Teresa.

“Não adianta doar sabonete Dove e nem creme da Natura. Não vai chegar”, garante dona Teresa, militante do movimento antiprisional desde que teve um filho preso, em 2007.

Segundo ela, a campanha começou em 2014 quando a entidade descobriu que as presas estavam usando miolo de pão para fabricar absorventes internos. Dona Teresa conta que durante uma visita a um presídio feminino, as mulheres reclamavam de fome e da pouca comida que chegava. “Aí eu vi em um canto da cela um saco cheio de miolo de pão. Fiquei intrigada e perguntei porque elas tiravam o miolo do pão, já que a comida era pouca. Come o pão todo que dá mais sustância, pensei. Foi aí que fiquei sabendo dessa situação”.

Dona Teresa relata que chegou a sentir na hora uma dor muito forte no estômago pela condição das mulheres encarceradas. “Buscamos a direção do local para saber o que estava acontecendo e fomos informadas de que não tinha absorvente suficiente para todas”. De acordo com ela, o governo parece não saber que o ciclo menstrual das mulheres ocorre mensalmente.

“Tudo é mais difícil para a mulher quando ela é privada da liberdade”, relata dona Teresa, uma liderança incansável na luta em defesa dos direitos das pessoas encarceradas.

Entre os motivos, ela aponta o baixo número de visitas que as mulheres recebem. “Ninguém visita uma mulher presa. As pessoas acham um desaforo a mulher se envolver com o crime. Na cabeça da sociedade machista, a mulher deve ser mãe e dona de casa. Quem se desvia desse padrão é punida com o abandono”, relata a militante. Com a escassez das visitas, vem também a falta de produtos de necessidade básica, como sabonete, pasta de dente e etc. O estado não fornece e a família não leva, ou porque abandona a presa ou porque não tem condições.

Jornalista, abrace esta campanha!

Veja a relação dos produtos que podem ser doados:

  • Desodorante em creme
  • Prestobarba de cabo vazado
  • Sabonete simples (não pode ser esfoliante, nem preto)
  • Absorvente (não pode ser interno)
  • Creme dental simples
  • Xampu simples
  • Condicionador simples
  • Creme de cabelo simples
  • Sutiã e calcinha (Sem aro)
  • Sabão de barra simples
  • Papel higiênico
  • Creme de pele simples

Conta para doação pix 15416664614
Contato: Jennifer Hozana dos Santos (filha da dona Teresa)
(31) 993314129

[1º/3/2021]

 

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