25 de setembro: Dia Nacional do Rádio, um meio que se reinventa a cada dia

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Estúdio de rádio moderno, com destaque para o microfone - Foto: Pixabay
Estúdio de rádio moderno, com destaque para o microfone - Foto: Pixabay

Marcelo Freitas
Jornalista | Diretor do SJPMG

Nos meus tempos de adolescente, em Leopoldina, na Zona da Mata, onde morava, eu era um ouvinte assíduo do rádio. Durante o dia, eu ouvia a rádio local, a Rádio Leopoldina, e também as emissoras do Rio de Janeiro, que eram as que chegavam com um som razoavelmente “ouvivel” à cidade. Eram todas no velho AM. FM ainda nem existia. 

À noite, tudo mudava. Além das emissoras do Rio de Janeiro chegarem com um som muito mais puro, passávamos a contar, no dial, com as rádios de Belo Horizonte. O top entre as emissoras da capital mineira era a rádio Cultura, “a sua estação musical”, como dizia o slogan da lendária emissora musical de Belo Horizonte. Quando a noite começava, a diversão era nos reunirmos para, conversar fiado e também para ouvi-la.

A gente ficava de ouvido em pé. Quando entrava alguma música que era do nosso gosto, interrompíamos a conversa e ficávamos com o ouvido ligado na música. Isto porque naquela época, final dos anos de 1970, só havia duas alternativas para se ouvir música. Uma era comprar LP, que era muito caro; a outra era o rádio. 

Entre os que participavam da maratona radiofônica de todas as noites estava meu irmão Márcio Freitas, que também ser formou em jornalismo e, diferentemente do caminho que segui, enveredou pelo caminho do rádio. Começou como locutor e hoje, é dono de uma bem-sucedida emissora, a rádio Mais, de Nova Serrana, no centro-oeste de Minas. Eu segui por outro caminho, o do jornalismo impresso.

 Há alguns anos, recebi um convite da PUC Minas para dar aula para uma turma do curso de Jornalismo. Mas tive que recusar o convite. Por uma razão muito simples: a disciplina que me ofereceram era de jornalismo radiofônico.  Como eu nunca trabalhei em uma redação de rádio, não me senti muito confortável em aceitar o convite. 

Mas continuo sendo um ouvinte assíduo do rádio. Ao lado do computador onde escrevo essas “mal traçadas” linhas lá está o rádio, minha companhia. Dos colegas jornalistas de rádio admiro a agilidade com colocam as notícias no ar. Admiro também a rapidez como o rádio está se reinventando a cada momento, incorporando, com uma rapidez extraordinária, a imagem. A todos, cumprimento pela passagem, hoje, do “Dia Nacional do Rádio”. Longa vida ao rádio e a todos que o fazem. 

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