terça-feira , 30 maio 2023
Polícia Civil identifica bolsonaristas responsáveis por agressões a jornalistas em BH - foto: Fenaj
Polícia Civil identifica bolsonaristas responsáveis por agressões a jornalistas em BH - foto: Fenaj

Polícia conclui inquérito sobre jornalistas agredidos por bolsonaristas

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, para despacho, o inquérito a respeito das agressões praticadas pela extrema-direita bolsonarista, na porta do quartel do Exército, na avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte, no começo de janeiro, e já remeteu para a Justiça.

Todas as pessoas que aparecem nas imagens agredindo os jornalistas foram identificadas pela Polícia.

Os autos estão conclusos para despacho na Vara de Inquéritos, no Fórum Lafayette, desde o dia 24 de janeiro. Há diversos pedidos de prisões preventivas, quebra de sigilos fiscais, bancários e telefônicos, retenção de passaportes, busca e apreensão domiciliar e outras medidas que aguardam autorização da Justiça para serem tomadas.

No dia 3 de fevereiro, a vice-presidenta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, Lina Rocha, o diretor Marcelo Freitas e o advogado Gregório Andrade, que representa o Sindicato no caso, estiveram na Vara de Inquéritos solicitando agilidade, tendo em vista o clamor público do processo e a importância da apuração e penalização dos responsáveis pelas agressões contra jornalistas no exercício da profissão.

Agressões

Jornalistas foram agredidos durante dois dias consecutivos pela extrema-direita acampada na Raja e sofreram violência física e também tiveram equipamentos roubados durante os atos de violência. Um repórter fotográfico foi espancado com chutes e pauladas e teve de ser levado para o hospital. Ele teve ferimentos na cabeça e teve de levar pontos. Ao todo, oito jornalistas foram vítimas de agressão e roubo.

O advogado já solicitou formalmente a análise do processo pela Justiça e também a habilitação nos autos do presidente da comissão de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Wagner Dias Ferreira, e do diretor de inclusão da Ordem, William Santos.

Depois das agressões contra jornalistas, o acampamento foi desmontado pela Guarda Municipal por determinação da Prefeitura de Belo Horizonte.

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