A paralisação pelo pagamento em dia dos salários e pelo cumprimento de direitos trabalhistas básicos, que teve início na quinta-feira (11/11), segue firme no jornal Estado de Minas.
A empresa tem o hábito de pagar alguns no começo do mês, outros na metade e alguns até mesmo no fim ou no mês subsequente, sem nenhum critério ou aviso para os trabalhadores e trabalhadoras da notícia, que não conseguem nem ao menos programar sua vida financeira e contas a pagar.
Em um mês você pode receber na data prevista (5° dia útil) ou só no fim, causando insegurança e ansiedade. Também não há critério econômico para o pagamento. Algumas vezes os repórteres que ganham mais recebem primeiro e os de mais baixos vencimentos por último.
Também não há diálogo. A empresa não informa os trabalhadores sobre os motivos dos atrasos e os critérios para os pagamentos. Informações vagas são prestadas somente quando há movimentação grevista.
Todo esse ambiente, aliado a descumprimentos antigos e recorrentes, tem gerado indignação na redação e os movimentos grevistas têm crescido e ganhado força.
Além dos atrasos, a empresa não paga abono de férias, mas lança no contracheque, não recolhe FGTS, cortou o salário ilegalmente em 30%, não repõe o INPC desde 2017, achatando mais ainda a remuneração que foi reduzida. E ainda não tem CIPA.
Dezenas de reclamações já foram encaminhadas pelos trabalhadores ao Ministério Público do Trabalho, mas o problema segue se agravando.