Jornalista recebe ameaça de morte em Pedro Leopoldo

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O jornalista James Barboza Graça sofreu um atentado durante a realização de uma reportagem em Pedro Leopoldo, Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã do último dia 7. James relata que estacionou seu carro na rua para levantar dados para uma reportagem sobre prostituição infantil no bairro da Lua, na localidade de Castanheira, quando o vidro do seu carro foi quebrado. Dentro, segundo ele, foi deixado um bilhete com ameaças. “Se você não parar com as reportagens, vamos queimar sua língua e seu CPF”, relata o jornalista, responsável, junto com outros dois repórteres, por um portal de notícias policiais da cidade. Nada foi levado.

Segundo ele, essa foi a segunda intimidação que recebeu em menos de 30 dias. Em julho, relata James, ele também teve que deixar a mesma localidade depois de ameaças. James registrou um boletim de ocorrência e aguarda a conclusão das investigações sobre o caso. Ele disse não ter suspeita de quem poderia ser o autor desse dano ao veículo, mas desconfia que possa ter relação com as reportagens do portal.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais entrou em contato com o Ministério Público em Pedro Leopoldo para pedir a apuração do fato e foi orientado a encaminhar por escrito, via portal da instituição, um pedido com todos os detalhes sobre o caso, solicitação que está sendo encaminhada pelo SJPMG.

O Sindicato repudia qualquer tipo de agressão a jornalistas. A escalada da violência contra profissionais de imprensa tem preocupado as entidades de classe em todo o Brasil, pois com figura um atentado não somente a uma categoria profissional, mas um ataque à liberdade de expressão e ao estado democrático de direito. Em 2020, segundo dados da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), foram 428 casos de agressão a profissionais da imprensa, mais de um por dia.

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