Os jornalistas Luiz Ribeiro e Queila Aridne (fotos) estão no Ranking dos Jornalistas Mais Premiados da Imprensa Brasileira 2020, do Jornalistas & Cia. Vários jornalistas nascidos em Minas ou que atuaram boa parte da carreira no estado também fazem parte da lista, numa demonstração da força do jornalismo e dos jornalistas mineiros, que serve de alento em tempos tão difíceis.
O ranking é divulgado anualmente desde 2011 e tem 200 posições. No topo está a jornalista Eliane Brum, colaboradora do jornal El País Brasil. Em segundo lugar está Míriam Leitão, do jornal O Globo, que é mineira, mas fez carreira fora do estado. Luiz Ribeiro, do jornal Estado de Minas, aparece na 25ª colocação e Queila Ariadne, do jornal O Tempo, na 61ª. Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou na sucursal da Folha de S. Paulo em Belo Horizonte e no Estado de Minas durante muitos anos, aparece na 46ª.*
O ranking também está dividido por regiões; no ranking da região Sudeste, Luiz Ribeiro aparece no 13º lugar, Amaury Ribeiro Jr., no 30º e Queila, no 32º.
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Outros jornalistas mineiros ou que atuaram em Minas presentes no ranking nacional são: Daniela Arbex (ex-Tribuna de Minas, de Juiz de Fora), na 51ª posição; Lucas Figueiredo (ex-Estado de Minas), 80ª; Teodomiro Braga (Ex-O Tempo), 153ª; Paulo Henrique Lobato (ex-EM, ex-Hoje em Dia, ex-TV Record e que agora se dedica ao Jornal do Padre Eustáquio), 173ª. O jornalista José Fialho Pacheco, falecido há 32 anos, que fez carreira no EM, ainda ocupa a 161ª colocação, a mesma de Luís Nassif, mineiro que fez carreira em São Paulo.
Humildade e persistência
Jornalista há 32 anos, 29 deles no Estado de Minas, Luiz Ribeiro realizou a façanha ser o profissional mineiro mais premiado em todos os tempos e o 25º do país trabalhando no interior. Montes Claros é a base a partir da qual realiza as reportagens, principalmente no norte de Minas. Ele faz questão de citar a humildade e a determinação como duas qualidades do jornalista, agradecer o apoio dos colegas de trabalho e as fontes. “Os cidadãos comuns é que são os protagonistas do jornalismo, nós apenas contamos as boas histórias”, definiu.
Luiz Ribeiro ressaltou que sua colocação é uma conquista para todo o jornalismo mineiro, principalmente considerando a qualidade do jornalismo brasileiro. “É um sinal de que estamos superando as dificuldades”, disse.
Advertiu, porém, que não se pode tomar a premiação como a coisa mais importante da profissão. “Muitos profissionais não estão no ranking porque não têm perfil para participar de prêmios”, explicou. Além disso, o ranking só considera o primeiro lugar, e ele mesmo tem 54 prêmios, considerando outras colocações. “Não quer dizer que quem não está no ranking não é bom.”
O grande valor das premiações, para Luiz Ribeiro, é indicar que ele está no caminho certo, ao fazer reportagens que contribuem para a sociedade, a melhoria da vida e do meio ambiente. “Os prêmios valorizam trabalhos que engrandecem a nossa profissão e fomentam o jornalismo cujo enfoque é a melhoria das políticas públicas, o desenvolvimento humano e o resgate das boas histórias e o jornalismo investigativo”, argumenta.
Repórter do jornal O Tempo há 20 anos, Queila Ariadne ressalta que o jornalismo brasileiro gira em torno de São Paulo, Rio e Brasília, o que torna ainda mais relevante as colocações dos mineiros. “É muito bom mostrar que o jornalismo feito em Minas é tão potente quanto esses. É sensacional que o nosso trabalho seja reconhecido, fico muito feliz”, disse.
Ela considera que o ranking tem um significado ainda mais relevante no contexto político, atual, em que governos culpam a imprensa por tudo de ruim que acontece. Além disso, os jornalistas trabalham em condições muito difíceis. “As redações estão cada vez mais enxutas, trabalhamos em várias plataformas, porque a realidade hoje é multimídia”, explicou.
* Essa informação foi corrigida em 9/1/21.
(Crédito da foto de Luiz Ribeiro: Rafael Luiz ; Divulgação.)
[8/1/21]