Menino de cinco anos do interior de Minas pede roupas e bicicleta usada em cartinha ao Papai Noel

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O menino Weylland Lorenzo, de cinco anos, morador no município de Dom Bosco, no noroeste de Minas Gerais, escreveu uma carta ao Papai Noel pedindo roupas, calçados e uma botinha nº 32 para ele mesmo e uma bicicleta para sua irmã Lorena, de dois anos. “Pode ser usada. Mamãe não tem condições. Ela tem muita conta para pagar”, diz o menino na carta, acrescentando que a família mora de aluguel. “A minha irmã gosta muito de bicicleta”, conta Weylland. O menino não escreveu na carta, mas segundo sua mãe, ele gostaria de ganhar também um brinquedo: um carrinho de controle remoto.

Nikácia, a mãe de Weylland, conta que o filho lhe pediu presentes de Natal e ela lhe respondeu que não podia comprar; sugeriu que ele escrevesse uma cartinha para o Papai Noel. Apesar de ter apenas cinco anos e ter frequentado só três meses de pré-escola este ano, até o começo da pandemia, Weylland deu conta de escrever a carta, com ajuda da mãe, que ia corrigindo seus erros.

Nikácia, , ou Nika, como é conhecida, tem 22 anos e completou o ensino fundamental. Foi ela quem ensinou o filho a escrever, aos quatro anos. Ela já trabalhou embalando mandioca, agora trabalha quebrando castanhas de baru, em casa. Ganha R$ 10 por cada saco de um quilo e consegue encher de um a dois sacos por dia. Em Belo Horizonte, o quilo da castanha de baru é vendida por R$ 80 ou mais.

Ela também recebe o auxílio emergencial do governo federal para a pandemia, mas a situação financeira apertou depois que ele foi reduzido de R$ 600 para R$ 300. O marido, Raylson, trabalha na roça, plantando para subsistência. Planta de tudo um pouco: abóbora, feijão, quiabo, cana. Também faz bicos de capina, poda e servente. Tem 23 anos.

A jovem família é de Luziânia, Goiás, e mudou-se para Dom Bosco para cuidar do sogro de Nika, que está doente. Os quatro têm saúde, mas Weylland pena com a adenoide. “Tenho que usar um soro no nariz e ela [a mãe] não pode comprar. Pode me ligar, eu explico”, diz o menino ao Papai Noel. Para a família, ele pede “uma cesta”. E finaliza: “Deus abençoe. Feliz Natal”. A cartinha é ilustrada com o desenho de uma árvore da Natal colorida.

Nika enviou a cartinha pelo zap para o Paracatu News, de Paracatu, município distante 150 quilômetros de Dom Bosco. O veículo fez uma reportagem com o menino. Clique AQUI para ver. Por enquanto a família recebeu uma cesta e a promessa de uns calçados.

Quem quiser ser o Papai Noel de Weylland e sua família neste Natal pode entrar em contato com celular de Nika: (38) 9-9807-7767. “Só funciona o zap”, ela esclarece.

Leia a cartinha:

 

[11/12/20]

 

 

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