A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) manifesta profundo pesar pela morte do jornalista Edney Menezes, 44 anos, na cidade de Peixoto de Azevedo, estado do Mato Grosso. Ele foi assassinado na noite deste domingo, 15, quando estava dentro de seu carro, no cruzamento das Rua Getúlio Vargas com a Avenida Itamar Pires. Dois homens, numa moto, aproximaram-se do veículo e um deles (o carona) disparou. Três tiros acertaram a cabeça do jornalista, que morreu antes da equipe de socorro chegar no local.
A Fenaj soma-se ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Mato Grosso para exigir das autoridades competentes a célere apuração do caso, com a identificação dos responsáveis. Ressaltamos que o crime tem características de execução e que é preciso priorizar a investigação da sua provável relação com o exercício profissional. Edney Menezes foi o segundo jornalista brasileiro assassinado neste ano. Em fevereiro, Léo Veras foi assassinado na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, localizada na fronteira com o Brasil.
Infelizmente, é crescente o número de casos de violência contra jornalistas no Brasil, com agressões físicas e verbais, ameaças, tentativas de intimidações, chegando à violência extrema que são os assassinatos. A Federação Nacional dos Jornalistas reafirma que essa violência nunca é contra o profissional individualmente, mas contra a liberdade de imprensa e o direito do cidadão e da cidadã à informação jornalística.
A Fenaj também soma-se ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Mato Grosso no acompanhamento das investigações e na solidariedade aos familiares, amigos e colegas de profissão de Edney Menezes.
E, mais uma vez, exorta a sociedade brasileira a repudiar a violência contra jornalistas e a defender o Jornalismo como atividade essencial à democracia.
Brasília, 16 de novembro de 2020.
Federação Nacional dos Jornalistas.
(Publicado pela Fenaj.)
[16/11/20]